Oi genteeee!!! o/
Voltei com mais um capítulo de Perseguindo o Verão onde Levi e Eren dão mais um passo no relacionamento deles. >w<
AVISO: Este capítulo contém cenas mais... íntimas dos personagens. Se você não gosta de nada que ultrapasse o limite "beijo", não leia. hahaha Falo sério, heim? E se você é menor de 16 (dezesseis??? Acho que sim... XD Sei lá, não sei fazer classificações. huahauhaua), esteja ciente de onde está se metendo. hehehe
É isso. Aproveitem a leitura! ^^
Lena.
Capítulo 10: Estamos convergindo
Resumo:
Você é a
coisa mais bonita que eu já vi ou com que já sonhei
Quando
éramos crianças, Jean costumava ter uma obsessão com fortes. Ele gostava da
ideia de que alguma coisa feita pelo homem pudesse protege-lo de seus inimigos.
Eu não entendi o porquê daquilo até o dia que ele apareceu na escola com
hematomas no rosto.
Jean
nunca me dissera que seu pai estava abusando dele. Ele não precisava. O jeito
que seus olhos de enxiam de medo sempre que o pai dele entrava no cômodo era
suficiente para eu somar dois e dois. Então, um dia depois da escola, quando o
pai dele estava fora no único bar da cidade, eu lhe construí um forte com
lençóis. Naquele tempo, eu não fazia ideia que aquilo se tornaria seu paraíso
seguro, seu lugar para ir sempre que o pai dele voltava para casa fedendo a
álcool. Tudo que eu queria, naquele momento, era fazer para ele algo que o
protegeria de qualquer coisa.
O
forte ainda estava de pé até hoje, apesar dos lençóis terem sido trocados pelos
anos. Jean se recusava a desmanchá-lo e ficava chateado sempre que eu
mencionava fazê-lo. Petra me disse que a razão por trás daquilo era que o forte
tinha sido como um farol quando ele era criança, seu sinal luminoso à distância
que o ajudaria a evitar perigos.
Se
eu não chorei como um bebê quando ela me disse aquilo. Não que Jean sequer
tenha descoberto sobre isso. Claro que não. Eu preferia arrancar a dentadas meu
próprio braço, mas, depois daquele dia, eu nunca mais o perturbei para
desmanchar o forte.
Agora,
nessa noite de sexta-feira quando todos os outros nessa cidade estavam
celebrando, eu estava de pé em frente ao forte carregando o Eren. Por alguma
razão, quando ele me pediu para leva-lo a um lugar onde pudéssemos ficar
sozinhos, eu pensei no forte e em como isso serviu como um santuário, um lugar
para se esconder.
Era
isso que eu queria, um lugar para me esconder com ele.
“Isso
é meio romântico”, Eren sussurrou no meu ouvido enquanto o coloquei de pé.
Um
tempo atrás, Petra tinha pendurado luzes brancas de natal dentro do forte, que
eu havia ligado antes de trazê-lo para dentro. Elas eram as únicas luzes acesas
na casa inteira. Eu sabia que ele iria gostar, mas eu também estava tentando ser romântico, o que era tão
incomum para mim que parecia bizarro.
“Você
gosta?” eu perguntei. Minha voz soou estranha para mim, uma confusão estridente
que era vergonhoso de pensar.
Ele
se virou para mim, o rosto suavemente iluminado pelas luzes. Ele era tão lindo. “Eu amei, Levi. Vamos entrar.”
Eu
estava tão nervoso; meu coração estava martelando como se seu único propósito
fosse escapar do meu peito. Essa seria a primeira vez que eu estive sozinho com
ele sem Jean ou Petra por perto para interromper, e nós ainda tínhamos horas
antes que ele precisasse estar em casa. Eu queria juntá-lo em meus braços e
mantê-lo lá para sempre, estender a noite até que o oceano encolhesse à uma
gota.
Eren
empurrou sua mão na minha palma, flexionando seus dedos para que eu pudesse
abrir os meus. Ele me puxou para dentro do abrigo de lençóis cor creme. Dentro,
o chão estava coberto por uma colcha grossa e branca que estava coberta com
diversas almofadas jogadas que ele empurrou para o lado para que pudesse sentar
de pernas cruzadas no meio do forte. Quando eu estava sentado do lado dele, ele se inclinou
para o lado e desligou as luzes.
Imediatamente
nós estávamos envolvidos na escuridão, sendo o único som as nossas respirações.
“
‘O caráter, como a fotografia, se revela
no escuro’ ”, Eren sussurrou antes de deslizar sua mão por baixo da frente
da minha blusa. “Eu quero ver como você age quando ninguém mais além de mim está
olhando”.
Eu
não podia nem me mexer. As pontas de seus dedos passaram levemente sobre minha
barriga, subiram para meu peito e então desceram para o cos dos meus jeans. Meu
cérebro parecia que alguém tinha alcançado lá dentro e desligado ele, me
deixando para meus próprios dispositivos. Era assim que ele me queria?
Incerto
do que fazer, eu deixei ele me desmontar, peça por peça.
Enquanto
ele empurrava minha camisa pra cima, ele se inclinava para mais perto de mim,
lábios se mexendo sobe minha garganta enquanto ele dizia, “Eu quero conhecer
seu corpo tão bem quanto eu conheço o meu próprio. Eu tenho sua permissão pra
isso?” Ele deu uma puxada na minha camisa sugestivamente, e eu respondi
levantando meus braços. O tecido sussurrou contra minha pele, eriçando meus
pelos até que ele a tirou de mim completamente. “Verweile doch, du bist so
schön.”
“Hum?” Aquilo não parecia francês.
“Fique um tempo. Você é tão bonito”.
“É isso o que aquilo” – ele puxou meu cabelo gentilmente,
fazendo-me encontrar seus olhos – “quer dizer?”
“Já. Sim. Era alemão.”
De repente, enquanto eu colocava minha mão sobre a dele, seus
dedos pressionando meu peito nu, eu estava feliz de não ter estado com ninguém
antes. Ninguém se comparava a ele. Ele era a fagulha brilhante que incendiou
minha vida com cores. Se alguém fosse pintar a expansão da minha vida até eu
conhecer o Eren, as cores seriam insaturadas, principalmente cinza com alguns
espectros de cores inconfundíveis (Petra e Jean). Então, você teria ele, vívido
e dinâmico, substituindo o cinza com cada palavra que ele dizia. Mesmo que não
ficássemos juntos por muito tempo, um sempre poderia vê-lo ali, porque ele
deixou sua marca em mim.
“Quantas línguas você sabe?” Eu perguntei, sem fôlego.
“Eu sei um pouco de tudo”. Ele pressionou os lábios em minha
clavícula. “Te
deseo. Isso é espanhol para ‘Eu quero você’”.
Eu engoli. “Eu
acho que jamais quis alguém tanto quanto quero você.”
“ ‘Dor ou amor ou perigo
lhe tornam real de novo’ ”. Ele olhou para mim. “Levi, me toque. Eu quero que você faça isso.”
Sempre que eu costumava pensar em como ocorreria minha primeira
experiência sexual, eu sempre imaginava algo rápido, descuidado e difícil; algo
do qual seria vergonhoso pensar depois de acabar. Nunca, nem uma vez, eu
imaginei isso como acabou sendo: lento, quase reverente, cada carícia e beijo
tão intenso quanto dor – bela dor, inesquecível dor. Eu queria me afogar nele.
Nossas roupas saíram em movimentos sem pressa, nossos olhos
vagando e memorizando os corpos um do outro. Apesar de eu estar incrivelmente
feliz, havia uma dor aguda se formando dentro de mim que era difícil ignorar.
Eu não queria pensar nos dias que ele não estaria aqui, que eu não poderia
tocá-lo, beijá-lo, ou ver seu sorriso. Quando aquele momento viesse, eu sabia
que a dor que eu iria sentir seria muito maior que qualquer dor que eu já
conhecera antes. Seria agonia.
Enquanto nós deitávamos na colcha, uma mistura de membros e
respirações roucas, eu me perguntei como seria capaz de viver sem ele. Não
havia ninguém lá fora no mundo como ele. Eu passaria o resto da minha vida
tentando substitui-lo? Tomando amantes que lembrassem ele de uma forma ou de
outra?
“Eu não vou ser capaz de esquecer você”, eu confessei em uma voz
baixa. Quanto tempo lhe restava? “Eu
não quero.”
“Eu estou me tornando uma mancha permanente na sua pele, uma que
você tentará esfregar, mas nenhuma quantidade de água ou sabão vão livrar você
disso. Mas, um dia, você vai aprender a viver com ela.” Ele envolveu os braços
em meu pescoço. “Não pensei nisso. Fique comigo, aqui, agora.”
A língua dele estava quente em minha boca enquanto minha mão
viajou pela barriga dele, sentindo músculos tensos sob minha palma que enviaram
um raio desesperado de desejo através de mim. Quando meus dedos pressionaram a
pele de sua pélvis, eu olhei nos olhos dele, esperando por confirmação. Eu
podia senti-lo tremendo sob mim, pequenos tremores que viajavam pelo seu corpo
para o meu.
“Não pare”, ele disse. “Me faça esquecer como era estar sem
você.”
Eu nunca tocara ninguém dessa forma antes. Eu tinha imaginado
isso muitas vezes, com muitas pessoas diferentes, mas a realidade era muito
mais doce. Não eram gemidos altos, puxões e toques agressivos. Eram os lábios
de Eren partindo em uma suave inspiração enquanto meus dedos roçaram levemente
aquela parte dele. Foi o som abafado que escapou dele, seus olhos se fechando
apertados. Era eu observando-o atentamente, ansiando cada reação e desejando
por ele de um jeito que não era apenas sexual.
Eu me movi sobre ele, surpreso de como eu amava a sensação dele
em minha mão. “Eu quero ver você”, eu sussurrei contra o pescoço dele, a voz
áspera. “Eu só posso ver tão pouco no escuro.”
Os braços de Eren se apertaram em volta de mim antes de ele
esticar o braço para plugar as luzes de natal novamente. A luz difusa filtrava
no forte e eu, acidentalmente, deixei escapar um gemido baixo, porque o corpo
dele era perfeito de todas as formas. Eu tracei a linha de músculo que descia
seu peito e barriga. Então, eu me abaixei e toquei meus lábios bem acima de sua
caixa torácica, sentindo cada respiração que ele dava.
Deslizando os dedos em meus cabelos, ele sussurrou, “Você vai
olhar para mim em Dezembro do mesmo jeito que olha em Maio?”
“Eu vou olhar pra você da mesma forma contanto que você me deixe
olhar pra você”, eu respondi, beijando seu quadril.
“Então, até eu não existir mais. Agora venha aqui.”
Eu me fui mais para cima, nossos corpos se entrelaçando, pernas
de misturando, mãos vagando e sentindo. Eu estava tão consumido por tudo isso
que eu mal notei quando ele laçou as pernas em minha cintura. Foi só quando a
ereção dele roçou contra a minha que minha atenção foi dirigida para baixo.
Porra.
Eu doía. Toda
parte de mim doía.
“Levi”, Eren suspirou, as costas arqueando fora do chão. Ele
soava desesperado.
Eu movi meu quadril para frente, experimentalmente, e o som
partido que saiu dele me fez repetir o movimento. Logo, estávamos ambos
frenéticos, toda a calma que eu tinha sentido segundos atrás se fora num piscar
de olhos. Eu precisava tanto dele que doía, o que aprofundava quase
dolorosamente quando ele me olhava com aqueles olhos que me faziam querer
reescrever o mundo pra ele.
Ele parecia bagunçado, perfeito. As bochechas dele estavam
coradas, os lábios inchados de beijos e partidos, o corpo coberto com um leve
brilho de suor. Droga. Eu não duraria mais muito tempo, especialmente quando
ele colocou sua mão em volta de nossos pênis, aumentando a fricção.
Meu corpo inteiro estava sintonizado com o dele. Sempre que o
quadril dele se movia, o meu respondia em contrapartida. Quando ele se
inclinava, faminto por um beijo, eu já estava lá, lábios se movendo sobre os
dele, vivos com desejo. Eu estava perdido nele, sobrecarregado com prazer,
arrodeado pelo cheiro dele e os doces sons que ele estava fazendo.
Ele nos esfregou mais rápido, os olhos se apertando quando ele
gozou com um arquejo. Sentindo-o abaixo de mim, tremendo e quente ao toque, eu
segui logo depois, completamente abstraído de qualquer som que eu fizesse. Eu
não conseguia pensar além do quão boa era a sensação, estar aqui sobre ele,
perdido em seu olhar intenso. Foi apenas depois, quando ambos caímos de volta
na colcha, que eu pensei em como eu devo ter parecido e soado.
Eu me virei de lado para encará-lo. “Por favor, me diga que eu
não soei como uma morsa morrendo.”
Eren deu um riso abafado, virando a cabeça pra olhar para mim.
“Se morsas morrendo soam super sexy, então sim, você pareceu.” Ele estendeu a
mão, as pontas dos dedos deslizando sobre as maças do meu rosto. “Você vai
aprender que eu acho tudo o que você faz bonito.”
“Eu, sinceramente, não sei o que você vê em mim.” Eu sussurrei,
colocando minha mão sobre a dele, suspirando quando sua palma pressionou sobre
minha bochecha. “Mas, estou feliz que você veja seja lá o que você vê.”
Ele moveu a mão para baixo, para passar seu polegar sobre meus
lábios. “Então, o ditado é verdadeiro? Nós somos nossos piores críticos.” Ele
me beijou, mantendo seus lábios sobre os meus enquanto dizia, “Eu nunca conheci
ninguém como você. Quando você entra em uma sala, o resto do mundo fica mudo,
porque tudo o que posso ver é você e seu brilho. Quédate conmigo, Levi. Fique comigo até que o sol morra e destrua a
Terra em seu ato final”.
“Eu vou precisar de mais tempo que isso”, eu disse a ele. Ele
sorriu, mas isso rapidamente se tornou algo triste. “Não, Eren. Não pense nisso quando você estiver
comigo. Nosso tempo é eterno, lembra?”
“Eu lembro.”
“Mais
cedo, na casa de Petra, eu lhe pedi para ficar comigo. Eu
realmente quero isso. Fique comigo no presente. Não pense no futuro. Ele ainda não está
aqui e, quando ele se tornar nosso presente, nós o enfrentaremos juntos.”
Ele
passou os braços em volta de mim, me puxando para mais perto. “E você se
pergunta o que eu vejo em você. Você é incrível, Levi.”
Eu
o abracei em silêncio até seu aperto folgar em volta de meu pescoço. Então, eu
o deitei e afastei uma mecha de cabelo da testa dele, apenas o olhando. Eu
poderia ter ficado daquele jeito pelo resto da noite, mapeando os detalhes do
rosto dele, mas eu tinha que limpá-lo. Então, relutantemente, eu deixei o forte
para ir até o banheiro.
O
banheiro de Jean ainda cheirava a cigarros, mesmo quando o pai dele já se fora
há meses. Esse costumava ser o lugar preferido dele fumar. Eu tentei ao máximo
ignorar o cheiro, as memórias que vinham com ele, e acendi a luz, tendo a visão
de mim mesmo no espelho. Meu cabelo era uma bagunça selvagem que eu não me
importei de arrumar. Ninguém além de Eren estava aqui para ver e eu não me importava
se ele visse.
Pegando
o que eu precisava, eu voltei para a sala de estar para encontra-lo ainda
dormindo. Eu me ajoelhei ao lado dele, com cuidado onde eu colocava meu joelho,
e comecei a limpar a barriga dele com uma toalhinha que eu tinha pegado. Quando
eu terminei, coloquei tudo para o lado, pela primeira vez não me importando com
a bagunça.
“Mm,
se apresse”, Eren resmungou sonolentamente, me assustando. Ele estendeu os
braços. “Venha deitar comigo”.
Me
inclinando sobre ele, eu despluguei as luzes e então me encolhi ao lado dele.
Eu escutei o som da respiração dele por um longo tempo antes de juntar coragem
para perguntar, “Se você pudesse recitar um poema, ou uma citação agora mesmo,
qual seria?” em uma voz bem baixa, mal reconhecível.
Demorou
um tempo para ele responder, longo o suficiente para me fazer pensar que ele
tinha voltado a dormir, mas finalmente ele disse, “ ‘Não lá mas aqui, / (ele
sussurra) apenas aqui, / Como estamos, aqui, juntos, agora e aqui, / Sempre
você e eu. / Contando as batidas, / Contando as lentas batidas de coração, / o
sangrar até a morte do tempo em lentas batidas de coração, / Despertos eles
repousam.’ ”
O
sangrar até a morte do tempo em lentas batidas de coração...
“Você
quer saber o que eu diria? Eu?” ele
perguntou em um sussurro. “Sem todos os poemas para fazer minhas palavras
bonitas?”
“Sim.”
“Eu
diria que estou me apaixonando por você, Levi.”
Eu
soltei uma expiração pequena e trêmula. “Eu estou me apaixonando por você
também, Eren.”
Nós
nos seguramos um no outro, dois garotos consumidos na escuridão artificial
criada por um forte que significara tudo para o meu melhor amigo quando ele era
criança. Eu só tinha um pensamento em minha cabeça antes de flutuar para o sono:
Tempo é nada. Conceda-nos um milagre.
(x)
Em algum momento durante a noite, eu acordei com o som de
movimento. Eu rapidamente olhei para o lado, mas Eren ainda estava pressionado
de encontro a mim, em sono profundo. Isso significava que alguém estava aqui,
na casa, e eu esperava que fosse Jean e não o pai dele.
Eu me sentei, deslizando de baixo da colcha para puxar minha
boxer. Eu não me importei de vestir o resto das minhas roupas, porque se fosse o pai do Jean, eu não tinha tempo
pra isso.
Deixando o calor do forte, eu segui o som até a cozinha. Eu soltei
um suspiro de alivio quando eu vi Petra e Jean sentados em volta da mesa de
jantar. Quando eles me viram, Jean levantou uma sacola e disse, “Nós ligamos
para o Grisha. Estava perto do toque de recolher de Eren, então nós pedimos
para ele passar a noite. Obviamente ele disse sim, então nós trouxemos ao seu
garoto alguns essenciais.”
Eu peguei a sacola dele, abrindo-a para ver uma escova de
dentes, uma muda de roupas e a cânula de Eren. “Vocês foram lá pegar essas coisas?”
“Sim”, Petra
disse. “O pai dele queria que pegássemos o cilindro de oxigênio, então
decidimos pegar outras coisas já que estávamos lá.”
“Grisha não estava em casa?”
“Nah”, Jean retorquiu. “Ele foi chamado na clínica para resolver
alguma coisa, então tivemos que ir pegar a chave da casa dele.”
Eu senti uma onda de gratidão pela consideração deles. “Obrigado”.
Aquele era o melhor que eu podia fazer, porque eu era horrível com palavras,
mas eles já sabiam disso.
“Nós sairemos do seu caminho em um minuto”, Petra disse.
Eu abanei a mão para ela. “Vocês podem ficar.”
Jean levantou uma
sobrancelha. “Certeza? Você parece um pouquinho nu.”
“Cala a boca agora mesmo”, eu avisei.
Petra sorriu para
mim. “Nós vamos sair, Levi. Tudo bem. Você e Eren merecem algum tempo
a sós.”
Eu baixei meu olhar. “Okay.”
Depois que Jean terminou a tigela de cereal que ele estava
comendo, eles andaram até a porta da frente comigo logo ao lado deles. Quando Petra
passou da varanda, Jean se virou para mim e disse, “Ei, posso lhe fazer uma
pergunta sentimental?”
Eu o olhei. “Claro.”
“Está feliz agora?
Quero dizer, com Eren? Só estou perguntando porque, antes dele entrar na sua vida, você
não estava feliz em estar nessa cidade.” Ele deu de ombros, olhando para tudo
menos pra mim. “Só estou me
perguntando, só isso.”
“Estou feliz, Jean.
De
verdade.”
O olhar dele finalmente encontrou o meu. “Isso é bom. Eu não ia
querer que você fosse infeliz, porque, você sabe” – ele coçou a nuca – “Eu me
importo com você, Levi”.
Eu parti um sorriso, só para ele. “Isso não é o que você
realmente queria dizer.”
“Ugh”, ele murmurou. “Eu amo você, okay? Você é como meu irmão. Eu
só quero que você seja feliz. Agora vamos nunca mais falar disso outra vez. Na verdade,
estou indo.”
Antes que ele pudesse dar um passo, eu o puxei para um abraço. “Já
que nunca mais vamos falar disso, acho que posso dizer que amo você também”. Eu
o abracei por um longo momento, sentindo o cheiro familiar dele, e então
adicionei em um tom brincalhão, “Agora some da minha vista.”
“Tá, que seja, idiota.” Ele riu, me dando um pequeno aceno antes
de descer para a entrada de carro. Eu o assisti até que ele subisse na
caminhonete de Petra, então fechei a porta, ficando ali na entrada por um
minuto ou dois, apenas ouvindo o silêncio, mas sabendo que Eren estava na sala
de estar esperando por mim. Eu sorri, porque eu estava feliz. Eu queria me
perder em momentos como esses.
Enquanto andava de volta para o forte, contente, eu pensei em
como músicas eram escritas sobre esse sentimento que estava deixando meu peito
aquecido com adoração. Eu tentei conjurar letras, reunir palavras, mas nada
soava certo. Eu me perguntei se Eren tinha escrito alguma coisa sobre mim e, se
ele tivesse, se era feliz ou triste. Talvez fosse uma mistura dos dois,
agridoce, mas eu não queria me manter no pensamento de tristeza, não agora.
Quando eu engatinhei de volta para o forte, Eren se virou para
me encarar, nada além do contorno esguio de seu ombro visível na escuridão. “Tire isso.” Ele apontou para minha boxer. Eu a tirei
sem protestar. “Assim está melhor”. Ele levantou a colcha
e eu deslizei para dentro ao lado dele. “Roupas são tão superestimadas.”
Eu dei um riso
abafado. “Você quer ser um nudista?”
“Não. Eu só odeio como a nudez é vista apenas de maneira sexual.
Eu só quero poder deitar aqui com você, nu e confortável, preguiçoso de
sonolento.”
“Então vamos deitar aqui nus e confortáveis, preguiçosos e
sonolentos.”
“Mm”, ele
cantarolou. “Isso parece bom. Que horas são afinal?”
“Não faço ideia. Mas
não é muito tarde.”
Ele se moveu para mais perto de mim. “Se nós fôssemos os dois
personagens principais em um filme de romance, nós iriamos fazer alguma coisa
romântica e completamente inútil agora. Como, tomar um banho, e olhar um para o
outro enquanto bebericávamos vinho.”
“Ou nós sairíamos e ficaríamos de pé em uma sacada de vista para
uma grande cidade.”
“Nós teríamos que permanecer nus.”
“É claro. Tem outro jeito?”
“Não”, ele disse. “Eu seria o personagem que fica acordado todas
as horas da noite para escrever uma peça de poesia em nada além da roupa de
baixo.”
Eu visualizei isso e sorri. “E eu seria o personagem que aparece
na sua casa montado em uma moto, lhe tentando para sair depois do seu toque de
recolher para dar uma volta comigo.”
Ele se apoiou em seus cotovelos. “Eu posso ver isso.”
Eu queria perguntar se ele tinha medo que não fosse capaz experimentar
tudo que ele queria experimentar, mas não perguntei. Eu fiquei quieto. Ao invés
disso, eu olhei para ele e perguntei, “Você quer ir fazer alguma coisa
completamente inútil e romântica comigo, Eren?”
“Eu quero fazer qualquer coisa com você”, ele sussurrou.
Eu me levantei, estendendo minha mão para que eu pudesse ajudá-lo
a se levantar. Quando ele estava de pé ao meu lado, a colcha seguramente
envolvendo seus ombros, eu o levantei em meus braços e o carreguei para o
quintal. Não era nada além de um terreno aberto que, a essa hora da noite,
estava suavemente iluminado pela lua acima. Eu o abaixei, me certificando de
que seus pés estivessem sobre os meus antes de começar a dançar, lentamente,
segurando-o perto de mim.
Eren largou a colcha para passar os braços em volta do meu
pescoço, e nós continuamos desse jeito: dançando sob as estrelas e a lua
pálida, completamente nus. Estava tudo bem, entretanto, porque só tinha nós
dois aqui. Não tinha ninguém por perto para nos ver nesse momento íntimo.
Depois de um tempo, ele se inclinou para trás, as lágrimas
brilhando em seus olhos enquanto sussurrava, “Obrigado”.
“Não, não me agradeça por isso.” Eu beijei o canto da boca dele.
“Isso significa tanto pra mim quanto significa pra você.”
Ele sorriu, um lindo sorriso, um sorriso que não era nem um
pouco triste, e, naquele momento, eu o amei mais do que minha vida. Não importava
que não nos conhecêssemos há muito tempo, porque o que era o tempo afinal? Era nada,
uma invenção de nossa imaginação, algo que media os dias, mas dias não deviam
ser medidos. Eu estava aqui, agora, com ele, e eu estava apaixonado por ele. Por
que o tempo deveria ditar como eu me sentia?
Eu fui repentinamente lembrado de uma música islandesa que eu
costumava ouvir o tempo todo, no tempo que eu era obcecado com música
estrangeira. Eu limpei minha garganta e, com uma voz insegura, eu recitei
letras que me lembravam ele. “ ‘Hann
lýsir allt sem er. Allt sem er og var og verður. Uns hann leggst í djúpan dvala’
”. Eu desci minhas mãos pelos lados dele, de repente nervoso em recitar a
tradução para o português. “Ele ilumina tudo o que existe. Tudo o que é e foi e
será. Até que ele caia em sono profundo.”
Ele levou as mãos até meu rosto, lágrimas finalmente
transbordando. “Perfeito.”
E então dançamos, tempo esquecido.
Notas da Autora:
Algumas novidades!
Eu vou
publicar essa estória por conta própria quando eu terminá-la. Eu vou liberar
mais detalhes com o tempo, mais provavelmente no meu Tumblr ou IG. Eu estou
realmente muito empolgada com isso, gente. De verdade, vocês não fazem ideia. Venham ficar
empolgados comigo! :)
Eu espero que vocês não estivessem esperando por smut* quente e
fumegante, porque isso ainda está por vir. Eu queria manter as coisas leves e
macias, como o amor que nossos garotos estão experimentando agora. Ugh, meu coração. Eu amo tanto eles. Eles
me fazem chorar.
(Só pra esclarecer as coisas, já que houve alguma confusão: Eren
e Levi não fizeram sexo nesse capítulo. Me desculpem se foi isso que pareceu,
mas não foi o que aconteceu.)
Muito obrigada por lerem, deixarem kudos e comentarem nessa
estória. Agradecimento duplo para aqueles que deixam comentários, sempre (vocês
sabem quem são. Eu amo muito vocês!!)
Créditos:
Citações ditas pelo Eren: Yousuf Karsh & Jack Kerouac
Citações de poemas pelo Eren: Counting the Beats por Robert Graves
Citações de música pelo Levi: Von por Yoko Kanno
Citações de poemas pelo Eren: Counting the Beats por Robert Graves
Citações de música pelo Levi: Von por Yoko Kanno
Notas de
Tradução:
*Smut: pra quem não sabe ainda,
Smut é um estilo de escrita
sexualmente explícito e, geralmente, é voltado para mulheres. Qual é a
diferença entre smut e pornô? O smut tem estórias altamente
desenvolvidas com diálogos românticos que incluem (muitas) cenas sexualmente
explícitas, enquanto o pornô tem pouca ou nenhuma estória, já que a intenção é
mais o visual, as cenas.
obrigado pelos esclarecimentos, eu realmente não fazia idéia que este tipo de escrita tinha nome especifico, adorei o capitulo terno e quente realmente agridoce maravilhada bjsss
ResponderExcluirMelhor capítulo kk <3 me emocionei em algumas partes :,)
ResponderExcluirNossa a cena em Levi fala você quer mim matar foi linda senti a urgência dele nessa frase,ansiosa pelos próximos capítulos obg pelo seu trabalho
ResponderExcluirAmeiii essa cena deles dançado ao luar, e o fofo do Levi cantando pro Eren muiiittoooo linnnndooooo.....
ResponderExcluirSim estou chorando de tristeza pois já imagino o espera a eles. Mas também choro de orgulho e felicidade por eles se deixarem amar e se amarem mesmo com um futuro de dor a sua frente...
Amo eles.
Obrigado por todo trabalho e dedicação de vcs nesta fic.
AMEI ESSE CAP BEIJOS MILLLL!!!!!!!
ResponderExcluirEu gostaria de conseguir parar mas está em todo meu coração❣️
ResponderExcluirFui poética
Meu Deus! Essa história é muito perfeita.
ResponderExcluirQue 💘 amor maravilhoso destes meninos 👦👦 .
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