Oi gente!!!!
Capítulo 7 aqui! Levi e Eren finalmente se resolvendo, huh? Bom. XD
Mais uma vez, espero que gostem. Muito. hehe 
E deem sinal de vida, ok? hahaha Obrigada por lerem.
bjs.

Lina Jaeger.


Capítulo 7: O Gosto de Toffee em Seus Lábios


Resumo:
Você me faz desistir de coisas
Como todos os planos que eu tinha para uma vida sem você

Notas:
Bloqueio de autor deveria ser proibido. Eu juro que é horrível. Eu queria que fosse uma criatura física para que eu pudesse empurrar para longe e dizer “Vá logo para casa. Você não é querido aqui”.
Mas, infelizmente, ele não é nem um pouco físico, mas um bloqueio mental que me faz querer enfiar o punho no meu computador (Eu sou fraca demais pra isso lol. Eu quebraria minha mão ao invés da tela do computador. XD).
De qualquer jeito, sim, vão ler. J
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O treinador Smith era conhecido por dar longos e chatos discursos, mas o que ele nos deu depois que Nile estacionou o ônibus no estacionamento de um Motel 6* levou longo e chato para um novo nível. Deve ter durado por uma hora, talvez mais. Eu juro que estava a ponto de enfiar minha bota na cara dele para fazê-lo se calar logo, porque ele continuava repetindo a mesma coisa de novo e de novo, sua voz se tornando um zumbido de ruído constante em meu ouvido que eu não podia afogar não importava o quanto eu tentasse.
Enquanto eu estava tentando me desligar do discurso desconexo dele pelo que parecia ser a milionésima vez, Eren se inclinou para mais perto de mim, sua respiração quente em minha orelha. “Vamos escapar”, ele sussurrou, trilhando as pontas de seus dedos para o centro de minha palma. “Ele está planejando ficar no hotel até o pôr-do-sol. Eu não sei quanto a você, mas eu preferia passar minha tarde fazendo alguma outra coisa”.
“Tipo?”
“Tipo experimentando meu primeiro beijo”, ele disse.
Meus olhos se arregalaram, mas ele não estava mais olhando para mim. O olhar dele estava virado para o treinador, que continuava falando sobre as consequências de causar problemas enquanto estávamos aqui em Trost. “Você ao menos tem um plano? Ou você vai apenas improvisar? Eu perguntei. Eu não me importava se ele quisesse improvisar, porque o pensamento de ter os lábios dele nos meus era motivação suficiente para eu ir adiante com qualquer coisa.
“Claro que eu tenho um plano”, Eren disse. “Nós vamos ficar para traz e dizer que eu estou tendo alguma dificuldade de respirar, então ele não vai achar suspeito. Então, quando todos estiverem distantes do ônibus, nós descemos e seguimos nosso próprio caminho”.
Era simples demais. Não ia funcionar.
Ainda assim eu faria isso.
“E quanto a Petra e Jean?”
Ele finalmente se virou para me olhar, um sorrisinho malicioso no rosto dele. “Já cuidei deles”.
“Ãh?”
Antes que ele pudesse me dar uma explicação, o treinador finalizou o discurso dele e sinalizou para os alunos na primeira fila de assentos saírem. Connie e Sasha levantaram de um salto como se alguém tivesse disparado fogos de artifício de suas bundas, correndo para fora do ônibus antes que ele pudesse lembrar de alguma outra coisa e começasse a tagarelar de novo. Todos depois dele fizeram o mesmo, saindo apressados sem olhar para trás.
Quando Petra e Jean levantaram, eu vi Eren pressionar uma mão contra seu peito. Sua respiração ficou irregular, difícil e, se eu não soubesse que ele estava fingindo, eu teria acreditado em sua atuação. Tentando parecer o mais convincente que eu pudesse, eu levantei minha mão para colocar em sua bochecha, entrando na onda. Ele apenas apertou seus olhos, fingindo dor.
“O que houve?” Treinador perguntou, caminhando até nós. “Eren, você está se sentindo bem?”
“Eu estou bem”, Eren disse, sua voz cansada. “Eu só preciso de uns minutos”.
Eu tentei suprimir o sorriso que estava ameaçando nos entregar, porque, droga, ele era bom. “Nós sairemos em um minuto”. Eu parecia preocupado, até para mim mesmo.
Por um momento, o treinador pareceu querer ficar, mas então ele disse, “Se você precisar de alguma coisa, eu estarei logo ali dentro fazendo nossos check-ins, okay?”
Eren assentiu, forçando um rápido, “Obrigado”, antes que ele voltasse a se concentrar em sua respiração. Erwin permaneceu por mais alguns segundos, nos observando cuidadosamente com olhos estreitos, e então ele se virou, eu prendi a respiração enquanto ele andava o corredor, soltando-a em um longo suspiro quando ele pisou fora do ônibus. Eu olhei suas costas se distanciando enquanto ele caminhava pelo estacionamento até a recepção do hotel.
Então eu me virei para o Eren. “Você é a droga de um ator?”
Ele se endireitou. “Não perca tempo fazendo perguntas bobas. Vamos sair daqui”. Ele se inclinou por sobre mim para pegar sua cânula, passando-a por trás de suas orelhas. “Vamos. Vamos.”
Eu levantei, sem me preocupar de pegar nossas bolsas. Elas só seriam peso extra. Nós poderíamos pegá-las quando voltássemos. “Eu acho que precisamos de dinheiro?”
“É claro”, ele disse simplesmente.
Me inclinando, eu tirei minha carteira da minha bolsa e coloquei-a no meu bolso de trás. Então eu peguei a mão de Eren e me apressei pelo corredor. Eu mantive meus olhos na entrada do hotel para ver se o treinador dispararia no menor sinal de nós dois, mas ele não saiu. As portas duplas permaneceram fechadas. Nós pudemos dar a volta pela frente do ônibus e andar pela calçada sem nenhum problema.
“Puta merda”, eu disse em empolgação uma vez que estávamos seguros. “Isso foi fácil. Como foi tão fácil?”
Eren se virou para mim, mostrando um sorriso irresistível que me fez querer tocá-lo. “Eu não sei, mas eu vi um velho cinema no caminho para cá. Não é muito longe daqui. Quer ir?”
“Mostre o caminho”.
Ele nos levou pela rua, e eu me senti exultante, o que em retorno me deixava atrevido. Com meu coração batendo pesadamente em meu peito, eu levei a mão dele até minha boca. Eu afastei o punho da minha jaqueta de couro e pressionei minha língua no pulso dele (tão morno) antes de chupar a pele, passando meus dentes por ela. Ele parou no meio de um passo, fazendo um som preso entre um arquejo e um gemido. Envergonhado, ele colocou uma mão sobre sua boca, mas era tarde demais, eu escutei alto e claro.
“Pronto”, eu disse, passando o polegar pela marca que eu tinha deixado. “Seu primeiro chupão. Ou você já tinha recebido um chupão antes?”
Ele balançou a cabeça. “Esse é meu primeiro”.
“Bom”. Eu beijei o pulso dele, satisfeito. “Vamos continuar”.
Não demoramos muito para alcançar o cinema que Eren tinha visto antes. A primeira coisa que notei foi a placa neon vertical que estava pendurada sobre a entrada. Letras grandes e grossas declaravam ele como O MALOO. No geral, o lugar todo parecia estar em boas condições, o que era surpreendente, porque a maioria dos cinemas estavam em ruínas hoje em dia. Quem quer que fosse dono desse estava fazendo um bom trabalho em mantê-lo de pé.
Empurrando as portas duplas, eu levei Eren para dentro e a primeira coisa que me atingiu foi o cheiro. Cheirava tão bem aqui dentro, como toffee amanteigado. Nós trocamos olhares, porque nós definitivamente compraríamos o que quer que estivesse emitindo aquele cheiro.
“Bem vindos a O Maloo”, disse um homem atrás da cabine de entradas. Ele estava vestido para impressionar em um terno branco que parecia impecável. Até o seu sorriso era perfeito, dentes retos como uma flecha. “Como posso ajudá-los?”
“Duas entradas para o que estiver passando agora, ou a seguir”, Eren disse. Ele estava se balançando como um feijão mexicano saltitante*. “Não importa o que for”.
O homem destacou dois ingressos rosas de um grande rolo, deslizando-os por baixo do vidro. “Janela Indiscreta* começa em quinze minutos. Está bom?”
“Perfeito”, Eren respondeu, colocando a mão em seu bolso. Eu o afastei, pagando pelas entradas e ignorando o olhar questionador do homem quando ele me viu pegar a mão dele. Eu não ia deixar aquilo arruinar meu dia. Não importava o que as pessoas pensavam, eu estava feliz.
“Você quer algo pra comer?” Eu perguntei enquanto ia para o stand de alimentos. “Eu vou querer o que quer que esteja criando esse cheiro”.
Ele olhou para mim com olhos bem abertos. “Ahh, é, me traz um pouco disso também”.
Diferente do homem na cabine, a garota atrás do balcão do stand de alimentos olhou para nós como se quisesse tirar fotos para documentar o momento de nossa chegada. Ele sorriu amplamente quando Eren passou seus dedos pelo meu cabelo quando eu pedi uma caixa pequena de barras de toffee cobertos com chocolate ao leite. Ela até foi ao ponto de me dar um desconto, o que lhe garantiu um sorriso iluminado e brilhante do garoto que me deixou doido com desejo.
Com os doces em mãos, nós descemos um corredor espaçoso em direção à sala do filme, o carpete de veludo fazendo barulho sob nossos pés. Eu estava muito distraído olhando as muitas fotos em preto e branco alinhadas nas paredes dos dois lados para notar o sorriso astuto de Eren antes de ele tomar a caixa de toffee de minha mão. Ele levantou a tampa com cuidado, olhando para as barras de toffee alinhadas como se elas fossem suas posses premiadas. Ele escolheu um com um monte de chocolate espalhado no topo e deu uma pequena mordida.
“Então?” eu perguntei, olhando sua expressão. “Eles são tão bons quanto cheiram?”
Ele fechou os olhos, mastigando lentamente. “Ah meu deus. Eles são deliciosos. Experimenta”. Ele estendeu a barra para mim e, normalmente, eu ficaria enojado por alguém me oferecer comida da qual eles já tivessem mordido, mas esse não era o caso com ele. Inferno, eu poderia lamber os dedos dele e não ter problema algum com isso.
Quando ele levou o doce até meus lábios eu mordi uma ponta e sabor explodiu na minha boca. Era uma delícia amanteigada e açucarada que derretia na minha língua. Ainda assim, ao mesmo tempo, era crocante. “Nós vamos comprar mais quando sairmos”, eu disse a ele, porque eu queria comprar uma caixa para Petra e Jean, já que eu os tinha deixado no hotel.
“Sim. Muito mais”, ele disse com um sorriso, jogando o resto do doce na boca dele.
Entrando na sala do cinema, eu vi que o lugar inteiro estava vazio exceto por um casal de idosos que sentava na frente. Eles estavam muito ocupados conversando entre si para se virarem para nós. Eles não nos deram atenção enquanto ficamos ali de pé olhando em volta para ver que lugares nós queríamos ocupar. Eu não decidi, no entanto, porque Eren já estava me puxando para uma fila de três assentos que estavam mergulhados na escuridão.
“Não quer ser pego fazendo algo ilícito?” eu provoquei.
Ele riu, me fazendo parar. Eu congelei no lugar. “Lá no ônibus”, ele começou, inclinando-se mais para perto, a respiração dele um sopro morno de ar nos meus lábios, “você disse que eu lhe deixo doido. Bem, você me deixa doido também”. Ele beijou o canto da minha boca, os lábios permanecendo na minha pele por alguns segundos antes que eu fosse arrastado com ele de novo. Minha cabeça estava uma bagunça confusa, porque tudo no que eu podia pensar era em como aquele simples gesto de afeto tinha criado um intenso desejo dentro de mim.
Quando nós alcançamos a fila de preferência dele, Eren forçou seu cilindro de oxigênio pelo corredor com bruscos empurrões no punho. Jogando-o com um olhar de desgosto, ele se sentou com uma bufada. Eu segui logo atrás, mal ficando confortável em meu próprio assento acolchoado quando ele colocou a mão dele na minha, as unhas arranhando levemente minha pele. Com um sorriso que não terminava, eu virei minha mão sobre o descanso de braço para que ele pudesse entrelaçar seus dedos com os meus. Ele deu um leve e satisfeito suspiro, descansando a cabeça em meu ombro.
Deus, por que ele era tão imperfeitamente perfeito? Por que eu estava tão feliz?
Meu coração ia explodir.
A tela acendeu na distância, iluminando a sala com uma fraca luz branca que jogava sombras no rosto de Eren. Eu queria tanto beijá-lo; era uma dor física em minhas entranhas. Eu não queria forçar minha sorte, entretanto. Esse era nosso primeiro dia como um casal e não conhecíamos um ao outro há tanto tempo, mas isso não parava essa ânsia. Eu não podia nem descrever o sentimento que eu tinha sempre que olhava para ele, sempre que ele olhava para mim. Eu só queria ele. Eu queria todo beijo e todo toque que ele tinha a oferecer.
“Você acha que Petra e Jean estão com raiva?” ele perguntou, encostando sua cabeça de volta no assento.
“Eu não sei. Eu pensei que você tinha dito que tinha cuidado disso”.
Ele sorriu timidamente. “Bem, eu passei um bilhete pelo assento deles, mas quem sabe se eles o pegaram ou não”.
“Um bilhete? Sério?” Por que ele era tão fofo?
“É”, ele disse. “Era mais ou menos assim: ‘Levi e eu vamos tomar um pequeno desvio. Por favor, não se irritem. Foi minha ideia. Eu sou uma má influência. Fiquem a vontade para me jogarem na cadeia depois disso’”.
Eu apertei a mão dele. “Como se eu fosse deixar eles jogarem você na cadeia”.
“Por que não iria? Quer me manter por perto?” Ele levantou uma sobrancelha, um sorrisinho torto fazendo um lado da boca dele levantar.
Droga. Se aquela não era a coisa mais sexy de todas.
“Absolutamente”.
Eu realmente não podia me concentrar no filme quando ele começou. A escuridão tinha nos envolvido, mas a minha atenção estava em Eren. Ele tinha empurrado seu cilindro de oxigênio o mais longe de nós que a fila de assentos permitia. A cânula tinha sido cuidadosamente enrolada em volta do puxador do carrinho, mas eu sabia que ele odiava ela, que ele não podia suportar tê-la por perto. Era um lembrete constante de que ele não podia simplesmente se levantar e sair andando.
“Eu já lhe disse”, eu comecei, minha voz parecendo alta demais na expansão da sala, “que eu gosto de você? Eu não acho que tenha dito”. Eu queria distraí-lo, tirar aquele olhar de dor sempre que os olhos dele encontravam o cilindro de oxigênio ao nosso lado.
“Você não disse”, ele confirmou. “Quer retificar isso?”
“Mm”, eu confirmei, levantando a mãos dele para beijar sua palma. “Eu gosto de você”.
Ele se virou em seu assento, enrolando nossas pernas juntas. “Eu gosto de você também. Muito”. Se inclinando, ele adicionou, “Eu acho que lhe devo uma coisa”.
Com ele estando tão perto, eu não conseguia formar pensamentos completos. “Me deve uma coisa?”
“Hmm”. Ele colocou o dedo no punho da minha jaqueta de couro, deslizando-o para mostrar o chupão que eu lhe dera mais cedo. “Eu lhe devo um chupão. Vai ser o seu primeiro também?”
Eu assenti. “Sim”.
Antes que eu pudesse perguntar onde ele estava planejando me dar uma marca, ele se inclinou em minha direção, e eu virei um geleia muda. Meus olhos se fecharam automaticamente quando eu senti seus lábios roçando pelo comprimento do meu pescoço. Minhas unhas entraram no material dos apoios de braço quando minhas mãos apertaram em volta deles inconscientemente. Então a língua dele saiu e eu quase gemi ali mesmo. Eu tive que morder meu lábio inferior para manter qualquer som trancado na minha boca.
Ele pressionou diversos beijos de boca aberta no meu pescoço antes de começar a chupar, forte. Minha respiração chiou saindo de mim, e eu não tinha controle sobre meu corpo. Minhas mãos fizeram seu caminho até os cabelos dele sem minha permissão, mas eu não me importei nem um pouco, porque ele soltou um gemido que enviou um choque de calor diretamente através de mim.
Porra. Nós realmente éramos apenas adolescente excitados, e aqui eu estava pensando que era maduro para minha idade.
Quando ele se afastou, eu vi que o cabelo dele estava bagunçado na maneira mais sexy. Eu olhei para ele. Ele olhou para mim e então tocou o ponto onde a boca dele estivera segundos atrás. Era macio sob as pontas de seus dedos, mas de um jeito bom, de um jeito que me fazia querer empurrá-lo contra a parede mais próxima.  Fazia só algumas horas desde que eu pedira ele em namoro? Parecia como séculos atrás. Ou talvez meu cérebro estava tentando inventar desculpas para mim, porque eu estava achando difícil ficar no meu lugar.
“Você está duro?” Eren sussurrou, me puxando a atenção.
Meus olhos dispararam para minha virilha (eu estava duro pra caralho), e de volta para o rosto dele. “Merda, eu –”
“Eu estou também”, ele disse me cortando.
Merda! Merda! Porra!
Onde estava minha voz da razão quando eu precisava dela? Isso não era permitido acontecer ainda, era? Eu precisava de mais tempo, porque eu não fazia ideia do que eu estava fazendo. Eu era um completo novato nisso.
Enquanto eu estava tentando me compor, um facho de luz brilha em nossa direção. Eren disparou para a direita tão rápido que ele não nada mais que um borrão de cor na minha visão periférica. Então meus olhos se focaram na fonte da luz e eu vi um arrumador vindo em nossa direção. Eu me perguntei se ele tinha visto o que estávamos fazendo ou se ele iria pedir para ver nossos ingressos. De qualquer forma, eu estava nervoso pra caralho.
 Quando ele parou diante de nós alguns segundos depois, ele perguntou, “Posso ver seus ingressos?” em uma voz bem alegre.
Eren praticamente enfiou o bilhete no rosto do cara, evitando contato visual a todo custo. Eu rapidamente tirei meu bilhete de dentro do meu bolso e mostrei a ele com um leve movimento do meu pulso. Tipo: aqui-está-agora-dá-o-fora-daqui.
“Obrigado”, o cara disse com um sorriso falso. “Aproveitem o filme”.
Depois que ele se fora, nós dois soltamos uma respiração que não sabíamos que estávamos segurando.
“Eu não acredito que isso acabou de acontecer”, Eren disse com uma voz que era quase um guincho. “Você acha que ele nos viu?”
Eu dei de ombros. “Não faço ideia, mas ele me brochou totalmente”.
“Eu também”. Para isso, ele começou a rir, e era infeccioso.
Logo, nós estávamos abafando nossas risadas, que não era uma coisa fácil de se fazer, considerando que Eren continuava explodindo toda vez que eu me acalmava.
“Nós vamos ser chutados daqui”, eu informei ele.
“Eu nem me importo”.
Quando ele disse isso, eu percebi que eu não me importava também.

(x)

Quando o filme acabou, nós caminhados para fora do cinema de mãos dadas. Eu não queria voltar para o hotel, onde todos estavam. Eu queria ficar fora com ele nessa cidade grande que era bem longe de casa. Parecia que estávamos em uma aventura e eu não estava pronto para que ela acabasse.
“No que você está pensando?” Eren perguntou enquanto descíamos a rua que, eventualmente, nos levaria até o Motel 6.
“Você”, eu disse, que era a verdade. Ele era um pensamento constante em minha mente, vinha sendo desde o dia na praia. Desde então, eu não sabia como agir em volta dele, porque eu sabia que estava desenvolvendo sentimentos por ele. Mesmo agora, que eu tinha aceitado tudo isso, eu estava com medo de perder a mim mesmo, porque eu queria dar a ele tudo o que eu era: o bom, o ruim e o feio.
Eu nunca quis isso com ninguém antes.
Eren bateu seu fé calçado com um Converse vermelho contra o meu. “O que tem eu?”
“Você me faz querer coisas que eu nunca quis antes na minha vida. Isso é... estranho. Eu pensei que seria muito teimoso para procurar qualquer coisa com você, mas tudo acontece naturalmente. Nada parece embaraçoso ou forçado, eu não entendo isso, então é meio assustador”.
“É”, ele disse. “Eu sei o que você quer dizer”.
Eu olhei para ele. “Você quer dizer que sente do mesmo jeito?”
“Sim. Antes de conhecer você, eu não podia me ver em um relacionamento. Meu único desejo era ver o mundo, de experimentar tudo isso em primeira mão. Eu ainda quero, mas eu gostaria de fazer isso com você”. Ele riu, dando uma leve balançada de cabeça. “Se meu pai pudesse me ouvir agora, ele me diria que eu sou doido e que nós não duraríamos mais que um mês”.
“Você acha que vamos durar mais de um mês?”
Ele encolheu os ombros. “Eu não sei, Levi. Tudo o que sei é que eu não queria estar em lugar nenhum agora além de aqui com você. Contanto que eu me sinta desse jeito, então eu quero estar com você”.
Aquilo fazia sentido. Aquilo não soava tão complicado quanto eu tinha feito parecer alguns minutos atrás. É claro que era aterrorizante. Nós éramos ambos novos nisso, inexperientes e jovens. Esse era nosso primeiro relacionamento, então era normal sentir-se um pouco incerto sobre tudo. Nós apenas tínhamos que continuar vivendo o momento. Nós poderíamos nos preocupar com o futuro quando ele estivesse aqui.
“Então vamos fazer isso”, eu disse, passando meu braço pela cintura dele. “Vamos ficar juntos até esse sentimento sumir. Se esse sentimento sumir”.
“Não conte com isso sumindo tão cedo. Você é meio incrível”. Ele baixou o olhar, tímido de repente.
“Eren?”
“Hmm?” Ele ainda não levantou os olhos para encontrar os meus, então eu parei na frente para ele. Ele parou bruscamente, carrinho de oxigênio batendo eu seus calcanhares. “Levi?”
Eu respirei fundo antes de segurar o rosto dele com ambas as mãos. “Você ainda quer experimentar seu primeiro beijo hoje?”
Meu coração estava batendo muito rápido em meu peito, minha pele quente. Esse seria meu primeiro beijo também. Eu não tinha certeza se deveria dizer isso a ele, ou se eu deveria guardar para mim mesmo por enquanto. Eu não tinha certeza de nada, exceto do garoto em pé a meros centímetros de mim. Ele estava tão perto, e ainda muito distante. Eu queria puxá-lo para mais perto de mim. Eu queria que ele me desse uma resposta.
Finalmente, ele disse, “Sim”.
Não tinha jeito nenhum de me preparar para isso, então eu simplesmente pressionei meus lábios nos dele, e eu vim à vida naquele instante. O tempo se encolheu até ser nada. Não tinha começo nem fim. Tinha apenas nós, a boca dele com gosto de toffee, o cabelo dele parecendo seda entre meus dedos, o corpo dele quente e convidativo. Eu nunca queria que aquilo acabasse. Eu queria me envolver nesse momento, memoriza-lo em detalhes vívidos, mas então ele se inclinou para trás, finalizando o beijo com olhos fechados.
“Levi”, ele sussurrou, como se meu nome guardasse segredos doces e sombrios. Ele passou os dedos sobre os lábios, um pequeno sorriso aparecendo. “Isso não era o que eu esperava”. Eu devo ter feito uma cara estranha, porque ele rapidamente adicionou, “Não, não entenda desse jeito. Foi... melhor. Muito melhor do que eu tinha imaginado que seria”.
Eu entendi o que ele quis dizer, porque era melhor. Era melhor, porque era real. Tinha alguma coisa ali entre nós, alguma coisa eletrizante, persistente, carente e exigente. Eu não acho que era apenas uma paixão. Era muito mais forte que aquilo. Esse sentimento correndo em mim não tinha sido nomeado, porque eu nunca tinha ouvido sobre ele antes. Era substancial, indecifrável.
Não tinha jeito de eu evita-lo, seguir sem ele, e estava tudo bem por mim, porque eu estava pronto para me entregar a ele.

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Notas da autora:
*Vagueia calmamente pelo lixo Ereri/Riren, porque essa é minha casa esses dias*
O que eu me tornei? Haha Eu sinto como se minha mente tivesse sido invadida por Levi e Eren. Eles simplesmente estão lá, tipo: E aí, garota!
Eu não me importo. Eu só espero que possa escrever uma estória que não inclua eles, porque de que outra forma eu poderei me tornar uma autora publicada.
A luta é real.
De qualquer forma, eu vou começar a procurar a tag #chasingsummerfic no Tumblr e no Instagram. Se você quiser deixar alguma coisinha pra mim, você pode fazer isso. Sussurra apressada, “Se você desenhar uma fanart pra mim, eu vou tietar por 12+ anos”.
São 4 da manhã. Como eu estou tão hiperativa?
Como sempre, obrigada por lerem e deixarem comentários e serem incríveis. J

*Notas de tradução:

- Motel 6: Não, não é um motel como os daqui do Brasil. Motel, nos EUA, são aqueles hotéis de estrada. Motel 6 é uma rede de hotéis com presença nos EUA e em outros países, como Canadá.
- Feijão mexicano saltitante: é a semente de um arbusto que cresce principalmente no deserto selvagem do México. Dentro dessa semente pode ter uma larva de mariposa que, ao construir seu casulo lá dentro, se movimento causando os “saltos” da semente. Daí vem a referência. Se quiserem saber com mais detalhes, vejam aqui.
- Janela Indiscreta: No original “Rear Window”, filme de 1954.


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