Oi meu povo!!! ^0^/
São 00:17 AM. Tem alguém acordado ainda? hehehe
Desculpem por não trazer Addicted para vocês hoje, mas é que o próximo capítulo está com muitas partes "confusas", então quero esperar mais um pouco para ver se a outra tradutora atualiza logo os capítulos dela para eu poder fazer comparações.
Aproveitem o capítulo 13 de CS, que é um dos meus preferidos. hehehe
AVISO: Tem linguagem imprópria para menores. XD
Beijos ^3^
Lena.
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Capítulo 13: Como ser um bom ativo
Resumo:
É o vestido mais virginal que você poderia
vestir
Estrague tudo
O
tempo acabou
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Antes de sair para a
clínica, eu me olhei no espelho de corpo inteiro de Petra, me certificando de
que não tinha nenhuma evidência de que Eren e eu tínhamos, basicamente, passado
metade da noite nos agarrando na praia. Meus olhos vagaram pelo meu reflexo,
verificando toda a pele visível, e foi quando eu vi: um chupão que estava alto
demais no pescoço para cobri-lo com meu casaco.
“Merda”, eu
chiei baixinho, passando a ponta dos meus dedos sobre a área. Eu fechei meus
olhos, puxando a imagem mental de Eren sentando em meu colo com os braços
envolvendo meu pescoço. Ele estivera me beijando como se a qualquer momento eu
pudesse desaparecer. Eu estava muito envolvido nisso para perceber que ele
estava deixando marcas para trás.
Enquanto estava
inspecionando meu pescoço, Jean entrou no quarto de Petra, anunciando sua
entrada com sua mastigação insuportavelmente barulhenta. Eu encontrei com o
olhar dele no espelho e observei como a boca dele se abria em um largo sorriso.
Ele tinha visto o que eu estava olhando.
“Cacete”, ele disse.
“De jeito nenhum você vai conseguir esconder isso do Dr. Jaeger.”
Eu me virei para ele.
“Muito obrigado por apontar o óbvio.”
Ele deu outra mordida
em sua maçã antes de dizer enquanto mastigava, “Na verdade, Petra pode cobrir
isso com maquiagem. Apenas passe um pouco daquela porcaria pastosa em cima e
você estará pronto para ir, meu caro.” Ele assentiu, os olhos enrugando
enquanto seu sorriso se alargava. “Sou um gênio ou o quê? Me dê algum amor, bebê.”
“Gênio, meu rabo. Só vá chamar a Petra.
Eu tenho que estar na clínica em meia hora.”
Alguns minutos
depois, eu estava sentado na frente de Petra na cama dela. Ela estava passando
alguma coisa no meu pescoço com uma esponja branca. Eu não tinha ideia do que
ela estava fazendo, mas, de acordo com ela, ela estava cobrindo a mancha com
base.
“Pronto”, ela disse
depois que vários minutos passaram, se esticando para olhar seu trabalho de
cima. “Eu acho que fiz um bom trabalho. Jean, o que você acha?”
Jean deu um passo até
mim, observando meu pescoço através de olhos estreitos. “Eu nem consigo ver, o
que significa que ele deve almoço a nós dois, porque acabamos de salvar seu traseiro
miserável.” Ele de repente passou o braço pela cintura dela, fingindo estar
concentrado em sua maçã. Por um momento, Petra pareceu surpresa, mas nós dois
notamos como ela não se afastou.
“Bem,” eu disse me
levantando, “Eu vou lhes dar dinheiro para o almoço, mas preciso ir. Vocês vão
me deixar lá?”
Petra continuava
olhando para a esponja que ela segurava como se esta fosse interessante o
suficiente para segurar a atenção dele por longos intervalos de tempo. “Sim, eu posso deixar
você. Eu vou, hum, pegar minhas chaves.” Ela saiu do quarto um pouco rápido
demais.
Eu levantei os olhos
para Jean, que tinha uma expressão sonhadora no rosto. “Sutil.”
“Ãh?” Ele encontrou
meu olhar. “Do que você está falando?”
“Sabe, quando eu
conheci Eren pela primeira vez, eu recusei acreditar que gostava dele. Eu até
inventei desculpas para a forma que eu reagia a ele. Parece familiar?”
“Não”, ele resmungou,
esfregando sua nuca. “Não faço ideia do que você está falando.”
Eu rolei meus olhos. “Pare de se fazer de
burro. É óbvio que você sente alguma coisa pela Petra e eu acho que já está na
hora de você fazer alguma coisa sobre isso. Você está se fazendo infeliz
sentando aqui ansiando por ela, pensando que você não é bom o suficiente, mas
eu sei que você é. Honestamente, quem conhece ela melhor do que você?”
Jean fez
questão de não olhar para mim quando respondeu. “Eu entendi, okay? Podemos só
ir agora?”
“Você vai me
agradecer por isso mais tarde,” eu disse a ele, persistente. “E mais, se eu me
lembro corretamente, você ficou me empurrando até que eu percebesse meus
sentimentos pelo Eren e eu estou feliz que fez aquilo. Ou você esqueceu tudo
sobre isso?”
“Eu não
esqueci.” Ele baixou o olhar para seus pés. “Mas é diferente para mim e Petra.
Nós nos conhecemos desde que éramos crianças. Não parece que ela iria querer
ficar comigo.”
Eu suspirei.
“Se você pudesse ouvir o jeito que ela fala de você, você saberia o porquê de
eu ter falado nisso para início de conversa. Apenas não deixe esse tempo que
você tem com ela lhe escapar. Se você quer estar com ela, então deixe ela saber
como você se sente, porque a vida é curta demais para ter arrependimentos.”
“É, você está certo,”
ele disse com uma confiança repentina, mas a voz dele baixou consideravelmente
quando perguntou, “Ela–ela realmente fala de mim de um jeito que faz você
pensar que ela pode gostar de mim?”
“Sim, mas ela é tão
ignorante de como ela se sente quanto você é.” Eu dei a volta por ele para
chegar até a porta. “Mas ela não pareceu se importar quando você passou o braço
pela cintura dele.”
Para isso, ele sorriu
como um completo idiota, tentando esconder suas bochechas coradas com o braço.
Ele bateu no ar com a mão que ainda segurava a maçã sinalizando para que eu
saísse do quarto. “Apenas vá logo, imbecil. Você provavelmente está se
divertindo com isso.”
“Ah, estou,” eu
admiti com um sorriso cínico. “Agora vamos. Eu não quero me atrasar.”
Petra já estava
esperando por nós do lado de fora na caminhonete. Ela não disse nada enquanto
Jean deslizava para o meu do banco, mas os olhos dela arregalaram um pouco
quando ele sentou mais perto dela do que normalmente faria qualquer outro dia.
O olhar dela disparou para a estrada à frente, a mão dela no volante se apertou
e eu pensei que aquela era uma reação exagerada dela em tê-lo mais perto dela
do que o normal. Mas aquilo era bom. Aquilo significava que ela sentia algo...
mais.
Depois de alguns
segundos na estrada, Jean se inclinou para frente e ligou o rádio. Uma canção
de batida lenta saiu dele. Eu virei minha cabeça e olhei para fora da janela,
observando as milhas e milhas de terra aberta se estendendo diante de nós. Eu
não podia evitar de me perguntar sobre o que Grisha queria conversar comigo.
Eu sabia por que ele queria falar comigo. Eu já
estava namorando o filho dele há um tempo, então não era uma surpresa que ele
quisesse me conhecer um pouco melhor, mas o que estava me preocupando era o que
ele iria me falar sobre Eren. Eu acho que uma parte de mim gostava de ser
deixada no escuro.
“Não fique tão
nervoso,” Petra disse. Eu a espiei por sobre meu ombro. “Grisha é muito legal.
Ele não vai interrogar você nem nada assim.”
“Eu sei.”
Não importava se ele
não planejava me interrogar, eu ainda estava nervoso. Grisha tinha o poder de
terminar meu relacionamento, apesar de Eren ter me certificado de que ele nunca
faria algo assim. Mas eu não era exatamente conhecido como o bom garoto da
cidade – o exato oposto, na verdade. Eu sempre seria conhecido como o garoto
que causou problemas, o garoto criado por um encrenqueiro. Quem iria querer
alguém como eu para seu filho?
Quando Petra parou no
estacionamento da clínica eu soltei um suspiro. Ele gostando de mim ou não,
isso era algo que eu precisava fazer. Significaria muito para Eren se eu me
desse bem com o pai desse, e eu andaria até o outro lado do mundo sobre carvão
quente por ele, então isso não era nada comparado àquilo. Eu podia passar por
isso.
Abrindo a porta do
passageiro, eu desci, surpreso de ver o sol visível por entre as nuvens. Eu
fechei meus olhos, sentindo nenhum calor dele, mas vendo como ele tornava o
interior de minhas pálpebras um vermelho ardente e brilhante. Eu sorri. Isso
era um bom sinal.
“Você quer que
fiquemos por perto?” Petra perguntou.
Eu balancei minha
cabeça. “Não, tudo bem. Depois eu volto andando.”
“Não vai não, meu
amigo”, Jean disse. “Você tem algo para fazer depois disso.”
“O quê?”
Ele deu um sorriso
afetado. “A palavra ‘pesquisa’ traz lembranças?”
Senti como se meu
rosto estivesse em chamas. “Droga,” eu murmurei. “Você e Eren precisam parar de se falar. Quando
foi que ele lhe disse isso?”
“Essa manhã ao telefone. Somos bons parceiros
que gostam de se falar pelas suas costas.”
Eu o encarei,
visualizando sua cabeça explodindo. “Estou indo.”
“Tchau, bebê.” Ele agitou os dedos
para mim. “Me ligue quando terminar para eu poder vir lhe buscar. Eu falo
sério.”
Eu respondi fechando
a porta na cara dele. Eu não me importava que ele e Eren estivessem se dando
bem, mas eles precisavam discutir... aquilo?
Porra. Meu rosto ainda estava quente.
Andando para a
entrada da frente da clínica, eu pensei sobre “pesquisar” sexo gay. O único
lugar onde você podia ter internet nessa cidade inteira era na biblioteca, o
que fez eu me encolher, porque Sra. Brzenska era a bibliotecária chefe durante
o verão. Ela sempre checava as pessoas usando os computadores. A última coisa
de que eu precisava era dela se aproximando e me vendo ler sobre como fazer
sexo direito com meu namorado.
Deus me ajude.
Quão difícil poderia ser? É claro que era
diferente de sexo hétero, mas não por muito. Eren sabia que eu não fazia a
mínima ideia de como fazer isso? Era por isso que ele estava insistindo que eu
visse sobre o assunto? Droga, as vezes ser um virgem inocente era uma merda.
Mas de novo, ele era tão virgem quanto eu.
Eu limpei minha mente
de todo e qualquer pensamento sexual no momento que pisei na clínica. A sala de
espera estava vazia, mas eu podia ver a recepcionista sentada atrás da
recepção. Eu demorei um minuto para perceber que era Krista. Eu não sabia que
ela tinha começado a trabalhar aqui.
“E aí, Levi,” ela me
cumprimentou quando me viu. “Dr. Jaeger ainda está com alguém, mas Eren está no
escritório dele se você quiser ir lá atrás até que ele termine. É descendo o
corredor.”
“Obrigado.”
Eu abri a porta ao
lado percebendo como a clínica não era muito grande. As paredes tinham sido
pintadas de amarelo claro, mas o que eu olhei foram as fotos que haviam sido
penduradas. Tinham tantas de Eren, algumas dele quando era mais novo, de pé sem
cilindro de oxigênio à vista, enquanto outras eram dele apenas alguns anos
atrás. Tinha uma dele com o cabelo mais longo que me fez olhar duas vezes.
Bem, droga, ele
parecia sexy pra caralho.
“Você está
encarando.”
Eu girei para ver
Eren se empurrando na cadeira de rodas até mim. Ele olhou de relance para a
foto que eu estava olhando, então voltou seu olhar para mim com um sorriso.
“Então,” ele falou
demoradamente, “você gosta de mim com cabelo mais longo.”
Eu me encostei na
parede, bem ao lado da foto. “Eu gosto de você com qualquer tipo de cabelo.”
Ele parou na minha
frente antes de inclinar a cabeça para trás exigindo, enquanto apontava para
seus lábios, “Beijo.”
Eu me inclinei para
frente, apoiando minhas mãos nas coxas dele enquanto o beijava. “Você tem
falado com Jean,” eu sussurrei contra seus lábios.
“Era só um lembrete
amigável.”
“Lembrete? Você acha que eu poderia ter esquecido sobre aquilo?” Eu passei a ponta de minha língua pelo lábio inferior dele. Naquele
momento, eu desejei que eu fosse experiente,
que eu pudesse simplesmente carrega-lo e leva-lo para algum lugar onde
pudéssemos ficar a sós, e que eu soubesse exatamente o que fazer com ele. Eu
queria agrada-lo, mas, infelizmente, eu não tinha ideia de como fazer aquilo,
então “pesquisar” (eu odiava esta palavra) era necessário.
“Não,” ele sussurrou
roucamente, “Eu não pensei que esqueceria, mas eu quero que você se apresse e
termine com isso.” Ele agarrou a gola da minha camisa, usando-a para,
praticamente, me puxar para seu colo. “Entre na sala no fim do corredor.”
“Mas o seu pai –”
“Está ocupado,” ele me
cortou.
Eu não hesitei nem
mesmo por um segundo, levado pelo desejo que me consumiu no momento que ele
disse para eu entrar na sala. Eu me estiquei e me apressei para o fim do
corredor, deslizando para dentro da sala escura com apenas uma pequena sugestão
de culpa. Não me foi dado tempo algum para pensar nisso, no entanto, vendo que
Eren estava logo atrás de mim.
Para quem estava numa
cadeira de rodas ele era rápido. Eu estava prestes a dizer isso para ele quando
ele fechou a porta atrás de si, qualquer palavra que eu iria dizer morrendo em
minha língua. Eu fui acender a luz, mas ele se levantou, bloqueando meu
caminho. Antes de saber o que estava acontecendo, ele me tinha contra a parede,
sua perna entre as minhas duas.
“Eu lhe quero tanto,”
ele sussurrou, a respiração quente em minha orelha. “Você é tudo no que penso, Levi.”
Eu não podia formar palavras. Ele ficava esfregando
sua coxa contra minha virilha. Eu queria tocá-lo, bagunça-lo. “Você me deixa
doido.”
“Você faz o mesmo
comigo.”
Eu coloquei meus braços
em volta do pescoço dele, deslizando meus dedos pelo cabelo dele, usando meu
poder sobre ele para puxa-lo para um beijo. Eu queria poder leva-lo para longe
de tudo e todos. Se eu tivesse o poder de parar o tempo, eu pararia. Eu
realmente nos faria eternos, porque mesmo para sempre não parecia tempo o
suficiente quando o assunto era ele.
“ ‘Um dia você vai beijar um homem sem o qual
você não pode respirar, e descobrir que respirar é de pouca importância [1]’ ,” ele murmurou em minha boca. “Eu
tenho que ir antes do meu pai nos descobrir.”
Eu gemi. “Por Deus,
você vai me mandar para o seu pai com uma ereção.”
“Hum”, Eren
concordou, deixando um rastro de beijos na minha mandíbula. “Vejo você hoje à
noite. Mas agora eu realmente tenho que ir.”
“Okay.”
Ele acendeu a luz. Eu pisquei várias
vezes antes de meus olhos se ajustarem a ela. “Ah, e veja seu celular.”
Soprando-me um beijo, ele saiu da sala.
Ajustando meus
jeans-agora-apertados-demais, eu levei a mão ao bolso de meu casaco e puxei meu
telefone. Eu não sabia o que estava esperando encontrar esperando por mim nele,
mas quando abri uma mensagem de texto de Eren para ver uma foto bem nua dele,
eu acho que uma parte de mim morreu e foi para o paraíso.
Puta merda! Eu queria
examinar a foto de todos os ângulos possíveis, salvá-la várias vezes, mas eu
não podia arriscar ser pego pelo Dr. Jaeger enquanto estava parado ali comendo
com os olhos uma foto de seu filho nu. Aquilo seria muito além de embaraçoso.
Também seria difícil de explicar, mas a foto era sexy demais para ignorar. Eren
estava deitado na cama dele, corpo esticado da melhor forma, acentuando seu
torso e aquelas longas pernas que me enlouqueciam.
Ele estava tentando
me matar. Tinha certeza disso.
Antes que eu entrasse
em combustão, eu coloquei o telefone de volta no meu bolso e fiz uma contagem
regressiva de cem. No tempo que cheguei em zero me senti um pouco melhor, mas
ainda não conseguia tirar aquela imagem de Eren da minha cabeça. Eu não me
importava se precisava passar horas e horas na biblioteca; eu aprenderia como
fazer dele uma confusão contorcida sob mim.
(x)
Sentar em frente ao
Dr. Jaeger não seria tão incômodo se eu não ficasse imaginando o filho dele nu.
A lanchonete
que ele escolhera é um de dois que tinham em Shiganshina. Não era um lugar ruim
para comer, mas eu não comi muito, considerando que eu não confiava em mais
ninguém cuidando de minha comida. Então eu me contentei com uma xícara de café
e um sanduiche de presunto e ovo [2].
“É a minha
primeira vez aqui,” Grisha disse olhando em volta para todas as cabines vazias.
A lanchonete era simples, as paredes pintadas de um verde feio que estavam
cobertas com fotos ainda mais feias. O tema era, basicamente,
nós-não-damos-a-mínima-para-como-aparenta-apenas-sente-e-coma. “Eren parece ter
gostado, no entanto.”
Eu olhei para
ele, “Eren veio aqui?”
“Ele veio. Eu
acho que foi na primeira semana que chegamos aqui. Ele estava empolgado sobre
eu deixa-lo passear pela cidade, então ele foi onde pôde.”
“Parece mesmo
com ele.”
Grisha sorriu,
batucando os dedos sobre a mesa. “Levi, eu quero que você saiba que eu aprovo
você estar com ele. Muitas pessoas pensam que eu o deixaria ficar com quase
qualquer um, por causa da doença dele, mas isso não é verdade. Se você não
fosse bom para ele eu interviria, mas ele tem estado incrivelmente feliz desde
que começou a sair com você. Tenho que dizer que é bom vê-lo sorrindo tão
livremente de novo.”
Alguma coisa em
meu peito se apertou. “Ele é bom para mim também.”
“Foi o que
ouvi”, ele disse. Ele soltou um riso abafado quando viu minha expressão
preocupada. “Parece que muitas pessoas nessa cidade estavam ansiosas para
compartilhar qualquer informação sobre você comigo – tanto boas quanto ruins.
Mas o que eu aprendi de tudo o que ouvi é que você se tornou um rapaz esforçado
que foi forçado a tomar conta de si mesmo muito antes do tempo e, pelo que eu
vi, você está fazendo um ótimo trabalho nisso.”
Eu soltei uma
respiração que não sabia que estivera prendendo. “Então, você realmente está
bem quanto a eu estar com Eren?”
“Estou, mas tem
uma coisa da qual gostaria de falar, e é da doença de Eren.”
“Eu não sei
muito sobre ela”, admiti.
"Eu não vou
sentar aqui e lhe educar sobre os fatos, mas você precisa entender que haverá
dias que ele não será capaz de escondê-la de você. Ele está doente, Levi, e as vezes vai ser assustador e feio. Eu preciso
saber que você não vai decidir repentinamente que não está pronto para isso,
porque isso acabaria com ele.”
Eu pensei em
todas as vezes que o vi lutando para respirar, mas eu nunca quis fugir. Eu queria estar lá para ele, sempre. “Eu
não faria isso com ele. Eu entendo que ele
está doente, que ele não será capaz de sempre esconder de mim.”
“E você está
bem com isso?” ele perguntou, fazendo contato visual comigo. “Não será fácil
para você.”
“Desde quando o
amor é fácil?” Eu percebi o que disse depois que as palavras já tinham saído de
minha boca. Eu observei Grisha cuidadosamente, esperando por uma reação ruim,
mas ele apenas sorriu.
“Posso ver
porque Eren se apaixonou por você. Para ser sincero, eu pensei que ele se
cansaria dessa cidade bem rápido e nós estaríamos fora daqui dentro de alguns
meses, mas ele adora esse lugar. Bem” – ele olhou para mim – “Eu não acho que
seja a cidade que ele adora.”
Minhas
bochechas esquentaram e eu me ocupei em fingir que meu café de repente era
muito importante, “Eu, uh...” Merda!
Grisha deu um
riso abafado. “Ah, eu fui avisado para não envergonhar você. Isso vai além das
regras que Eren me impôs, então que tal apenas aproveitarmos nosso almoço?”
“Sim, isso parece bom.”
(x)
Depois de meu almoço com Grisha, eu me senti muito melhor. Eu
tinha a provação dele, o que eu sabia que significaria muito para Eren. De modo
geral, eu me senti leve, capaz de fazer qualquer coisa, o que foi completamente
arruinado quando vi a caminhonete de Petra estacionando em frente à clínica,
porque eu não estava pronto para ir à
livraria com Jean.
Antes que eu
pudesse pisar fora da calçada, a porta do passageiro se arreganhou e Jean
disse, “Entra, vadia. Vamos ensinar você como foder um homem apropriadamente.”
“Você pode
calar a merda da boca,” eu sibilei olhando em volta.
Ele se sentou
reto, já que ele tinha se inclinado para abrir a porta do passageiro. “Só entra
na droga do carro. Temos negócios a fazer.”
Vinte minutos
depois, nós dois estávamos sentados em frente a um computador que estava
exatamente no meio da biblioteca. Não tinha muita gente ali hoje e os únicos
que estavam ali estavam ou ocupados lendo, ou nos outros computadores. Eu ainda
me senti exposto. Qualquer um podia ver a tela e seria difícil fingir que eu
estava fazendo qualquer outra coisa além do que era.
“Rápido,” Jean
falou ao meu lado, impaciente como sempre. “Se você continuar agindo suspeito,
a Sra. Brzenska vai vir até aqui. Só... vai pro lado.” Ele me empurrou, os
dedos voando para o teclado. Uma série de artigos surgiram na tela e Jean
clicou em um com o título: Como ser um
bom ativo.
Ah, Deus.
“É bem
simples,” ele disse depois de um tempo, os olhos passando pelo artigo. “Primeiro,
preliminares. Deixe-o excitado e pronto e, nesse caso, duro pra caralho.
Basicamente, deixe-o desejando esse pinto. Segundo, certifique-se de que ele
esteja relaxado. Lubrifique esses dedos e...” Ele começou a cutucar o ar com o
dedo indicador. “Desse jeito, bebê. É bom que você esteja fazendo anotações
mentais, porque você vê essa habilidade? Cacete, eu deveria estar sendo pago
por isso.”
Eu baixei a mão
dele com um tapa. “Pare de ‘enfiar’ [3] o dedo no ar.”
Ele olhou para
mim, a boca aberta. “Eu estou demonstrando o que você deve fazer. Você deveria agradecer. Então, onde
estávamos?” Ele continuou lendo e começou a mover o
dedo de novo. “Okay, então depois que ele ficar confortável com um, coloque
outro. Eventualmente, você fará seu trabalho com três.” Logo, ele estava
subindo e descendo três dedos no ar. "Pelo tempo que você chegar a esse
ponto, ele deve estar implorando pelo seu pau. Se ele não estiver, então você
não está fazendo certo.”
“Mantenha a voz
baixa,” eu avisei, lançando olhares nervosos em volta, mas ninguém estava
olhando para nós. Isso era surpreendente, considerando que Jean estava sem
empolgando demais em satisfazer o ar. “Você pode parar agora. Eu entendi.”
“Mesmo? Me
mostra.”
“Eu não vou
mostrar pra você –”
“Me mostra, ou
eu vou anunciar o que estamos fazendo.”
“Merda,” eu
murmurei baixo, levantando três dedos no ar para começar a movê-los para frente
e para trás. Eu não podia acreditar que ele estava me fazendo fazer aquilo. Por
que eu ainda estava escutando ele?
Ele me observou
por meio segundo antes de dizer, “Não. Você entendeu a técnica toda errada.
Você não está tentando perfurar o cu dele; você está tentando persuadi-lo a
abrir gentilmente. Você ao menos estava me olhando?”
Ah meu Deus. Alguém me mata.
“Eu não preciso
fazer exatamente como você faz,” eu retorqui.
“Se você quer
fazê-lo gemer seu nome, então sim, você precisa.” Ele pegou meus dedos, movendo-os então.
“É assim. Você precisa ser flexível. E mais, você
está tentando atingir a próstata dele, que, de acordo com esse artigo, vai
fazê-lo gozar quase imediatamente, porque é intenso. Diz aqui que” – ele se
inclinou para mais perto do computador – “Isso vai fazer ele sentir como se
estivesse ejaculando continuamente. Bem, merda, alguém deveria massagear a minha próstata.”
Eu bati na nuca
dele. “Eu não acredito que você está dizendo tudo isso com uma cara séria.”
“Eu estou
tentando ser útil, mas você é quem vai realmente enfiar no rabo do Eren.” Ele
sorriu cínico. “Quem iria pensar que eu estaria sentado na biblioteca com você,
lhe ensinando como ser um bom ativo? Eu mereço um prêmio por isto. Isso é
material de chantagem.”
“Não sou eu
quem está fodendo o ar com o dedo.”
“Se o ar
pudesse falar, ele estaria me agradecendo. Ele estaria me implorando por mais porque
você vê isso?” Ele começou a mover os dedos de novo. “Essa é a definição de
dedos mágicos. Eu tenho o que é preciso. Eu dominei a técnica.
E você?”
Eu o encarei.
“Eu nem sei porque eu concordei em lhe trazer comigo. Você é tão cheio de
merda.”
Jean de repente
farejou o ar. “Você sente esse cheiro? Esse é o potente odor de inveja.”
Eu soquei o
braço dele e, antes de perceber, nós estávamos empurrando um ao outro, rindo. E
foi só quando a Sra. Brzenska estava bem atrás de nós que a notamos. Nós dois
congelamos, nossas cabeças virando lentamente na direção dela. Ela estava
olhando para a tela do computador, os olhos disparando da direita para a
esquerda enquanto lia o primeiro parágrafo do artigo.
Não.
“Jean,” ela
disse em um tom calmo quando tinha acabado, o que fez ela parecer dez vezes
mais assustadora. “Levi. Posso perguntar o que vocês dois estão fazendo aqui?”
Eu me
atrapalhei com palavras que recusavam a se formar. “Hum, bem, uh...”
“Sabe,” Jean
começou, mas não conseguiu continuar.
A Sra. Brzenska
empurrou os óculos na ponte do nariz, cabelo loiro caindo sobre os olhos dela.
“Levi, eu estou ciente que você está namorando o filho do Dr. Jaeger. Isso envolve Eren?” Eu não fazia ideia
do que dizer àquilo. “Venha comigo.”
Nós não estávamos na escola. Tecnicamente, eu não tinha que
obedecê-la, mas eu me vi reagindo automaticamente à exigência dela. Eu me
levantei e a segui em direção a uma das salas de trás. Era isso. Ela ligaria
para Grisha, com quem eu acabara de almoçar, e contar a ele tudo sobre isso.
Ele saberia o que Eren e eu estávamos planejando fazer e, então, ele mudaria
sua opinião sobre mim.
Sra. Brzenska
abriu a porta empurrando-a, indicando que eu entrasse. Assim que entrei, ela
seguiu atrás de mim. Eu esperava que ela fosse diretamente para o telefone
sobre a mesa, mas ao invés disso ela disse, calmamente, “Se você tiver alguma
pergunta referente a relações sexuais, por favor pergunte-me agora. Eu suponho
que você saiba como praticar sexo seguro. Se você precisar de uma camisinha, eu
vou lhe providenciar uma.”
Ela estava me
dando... a conversa de sexo [4]?
Isso era demais
para mim. O que eu deveria dizer?
“Sra.
Brzenska,” eu disse, minha voz esganiçada. “E-Eu acho que estou bem.”
Ela me encarou
por cima da armação de seus óculos. “Tem certeza? Não precisa ficar
envergonhado.”
“Tenho certeza.”
Ela levantou o
dedo antes de andar até a mesa. Eu olhei enquanto ela abria última gaveta e
pegava alguma coisa. Então ela voltou para onde eu estava e me entregou uma
camisinha e um pequeno frasco de lubrificante. “Sempre pratique sexo seguro,
para a sua segurança e para a dele.”
Para terminar
logo com isso, por que eu realmente precisava dar o fora dali, eu disse, “Obrigado.”
“Por nada. Estarei
aqui se precisar de mim.”
“Uh, okay.”
Ela deu
tapinhas da minha costa de um jeito maternal. “Pode ir agora.”
Ela não
precisava dizer duas vezes. Eu já tinha saído.
Enquanto eu
estava saindo, incerto de como eu tinha sobrevivido àquilo sem morrer de
vergonha, o celular em meu bolso vibrou. Eu o puxei e segurei contra minha
orelha. “Alô?”
“Meu pai disse
que o almoço correu bem,” Eren disse. “Quer vir até minha casa? Estou sozinho
aqui.”
Eu engoli. “Eu estou na biblioteca agora. A sra. Brzenska acabou de me dar
a conversa de sexo porque ela pegou Jean e eu pesquisando como ser um bom
ativo.”
Ele riu. “Sério? Oh, mon amour, eu
sinto muito. Eu não queria que você fosse pego. Só... venha pra cá. Eu vou fazer valer o
seu tempo.” A voz dele baixou para um tom sugestivo e
sedutor que fez coisas estranhas comigo. “Então, devo esperar você?”
“Estarei aí em
dez minutos.”
“E eu estarei aqui
esperando por você.” Ele desligou e eu fiquei parado por um segundo antes de
seguir apressado para a porta de entrada.
De repente, eu
fiquei feliz pelo meu encontro com a sra. Brzenska, porque agora eu tinha uma
camisinha e um lubrificante.
______________________________________
Notas da Autora:
Eu estou tão incrivelmente cansada nesse momento. São 9 da manhã
e eu não dormi. Tipo, wow. O que são palavras?
De todo modo, tenho certeza que vocês adivinharam, mas mon amour significa meu amor em francês. Eren vai dizer isso a Levi em todas as línguas
que ele conhece.
Mas OMFG [5], a cena na biblioteca. Jean é simplesmente... Eu ri
enquanto escrevia isso porque, você pode imagina-lo sentado em uma biblioteca
pública “enfiando” os dedos no ar enquanto dá instruções ao melhor amigo dele
de como fazer sexo gay?” Ahaha, não posso [6].
Alguém, por favor, me impeça de me envergonhar ainda mais. XD
Quanto ao que vai
acontecer no próximo capitulo, vamos ver. A tensão sexual entre esses dois está
se acumulando a um ponto que alguma coisa precisa
acontecer.
Antes que eu me esqueça, muito obrigada por ler, comentar e
deixar kudos!
Estou procurando #chasingsummerfic nos dois. :)
Obrigada a todos aqueles que já compartilharam suas incríveis fanarts
comigo.
___________________________________
Notas de Tradução:
[1] “Um dia você vai beijar um homem sem o qual você não pode
respirar, e descobrir que respirar é de pouca importância” – Citação de Karen
Madie Moning, no livro Bloodfever.
[2] Algo assim:
[3] “Enfiar” – os
verbos usados em toda a descrição dos movimentos que jean estava fazendo eram
todos relativos aos movimentos de ir e vir/subir e descer/entrar e sair, algo
assim. Como não temos um verbo especificamente para isso tive que fazer
pequenas alterações. Acredito que não perdeu nenhum sentido. Hehe
[4] “Conversa do sexo” – “The sex talk”. Sabe aquele momento em que os pais percebem que o filho (a) está
dando sinais de interesse por sexo e eles, finalmente, criam coragem para
conversar com eles sobre isso, explicando o que é, como é, como deve ser feito,
e bla bla bla? Pois é. Essa é a “sex talk”. Os filmes americanos para
adolescentes geralmente têm isso. Hahaha Constrangedor. Isso que dá não ter
papo aberto com os filhos. XD
[5] OMFG – Tipo o OMG
(Oh my God) só que com um “Freaking” ou... outra palavra (huahauhau) no meio
para dar mais ênfase.
[6] Esse “não posso”
(“I can’t”) é uma expressão usada quando alguma coisa é engraçada demais, fofa
demais, ou qualquer-outra-coisa demais, que a pessoa nem consegue reagir
direito e perde as palavras. Talvez ficasse melhor como “não aguento”... Sei
lá... hehehe XD
Nossa essa fic tá cada vez melhor
ResponderExcluirHaha... Levi é hilario
ResponderExcluirHaha... Levi é hilario
ResponderExcluirMorrendo de rir aqui já pensou uma cidade onde tudo que você faz é comentado por todos? Obrigado bjss
ResponderExcluirBasicamente... uma cidade bem pequena de interior. hahahaha
ExcluirEle agora ta gostando da conversa e do presente da bibliotecária 😚😜
ExcluirMorri kkkkkkk
ResponderExcluirGostaria demais que nosso Brasil não existisse homofobia, como nesta pequena cidade desta estória. Rsss
ResponderExcluirBoa tarde e se cuidem 👍 beijos beijos 💋💋💋