Oi gente!!
Um bom fim de semana pra todos!!!
Como sempre, peço desculpas pela demora na postagem dessa fic incrível, mas sabem como é, né? Quando a pessoa se mete a fazer um monte de coisas ao mesmo tempo (Sim, aparentemente eu tenho TDA). hehehe XD Prometo que vou me esforçar para não demorar tanto com o próximo. >_<
Sem mais demora, continuem lendo a história de amor (uma de muitas) de Eren e Levi. *-*.
Beijos~
Lena.
Eren sendo tímido. XD
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Capítulo 17: Para sempre é nosso hoje
Resumo:
Não há chance para nós
Está tudo decidido para nós
Esse mundo só tem um doce momento
Separado para nós [1]
Notas da
Autora:
Eu sinto muito que esse tenha demorado um pouco mais que o
normal. Essa última semana pareceu ser um sonho febril. Eu estou sob medicação
nova que faz tudo parecer confuso. É muito difícil de explicar, mas isso tornou
escrever quase impossível. Espero que saibam que, não importa quanto tempo isso
possa levar, uma atualização está a caminho. Eu estou devotada a essa história
e vou termina-la. :)
Além disso, um grande obrigada para a linda que me falou sobre
a música Who wants to live forever? É
tão bonita e vai tão bem com essa minha história. Se você quiser dar uma
ouvida, você pode aqui.
_____________________________
Eu nunca me cansaria de acordar perto do
Eren. Nossos membros entrelaçados, envoltos em segredos que cheiravam a
baunilha e desejo. Amor era uma coisa surpreendente. Ele banhava nosso universo
inteiro em luz do sol que entrava nas brechas de nossas peles como mágica. Sob
as pontas dos dedos de Eren, eu vim à vida, não mais vestido em cinza. Juntos,
nós iríamos encarar o vívido desconhecido que esperava diante de nós como um
vortex iminente. Ele nunca mais estaria só nisso. Eu o seguiria para onde ele
fosse.
Um dedo morno acariciou minha bochecha,
capturando a lágrima ali. “Por que está chorando?” Eren perguntou se movendo
para mais perto de mim. Nós agora estávamos peito com peito.
Sem abrir meus olhos, eu enterrei meu rosto
na curva do pescoço dele e disse, “Eu quero ver o mundo com você. Eu quero ver
seu rosto iluminado pela Aurora Boreal. Eu quero beijar você em frente À Torre
Eiffel. Me deixe levar você para longe dessa cidade monótona. Eu tenho algum
dinheiro guardado.”
“Mon
amour,” ele murmurou contra minha testa. “Eu não posso segui-lo pela Terra,
mas eu vou deixar você me levar a um lugar. Vamos fugir por alguns dias, só nós
dois.”
Eu abri meus olhos, recebido por um sorriso
caloroso que guardava tristeza escondida nele. Eu descansei minha mão na
bochecha dele, a pele macia contra minha palma. “Me desculpe. Eu sei que isso é
mais difícil para você do que é para mim.”
“Não.” Ele balançou a cabeça. “Quando estou
com você, estou vivendo em felicidade. Você pressiona seus lábios nos meus
sabendo que o que nós temos é temporário, algo que não pode manter. Eu vou
morrer com você ainda sendo meu, mas você será deixado para trás para encontrar
outro para preencher o vazio de minha ausência.”
Eu passei meus braços em volta dele, puxando-o
para mais perto, nossos corações batendo em intervalos diferentes. Por que eu
sentia como se estivéssemos nos aproximando de algo do que não seríamos capazes
de escapar? Eu queria pegar os pulmões dele nas minhas mãos e apagar cada
defeito, cada imperfeição, para eliminar as falhas que estavam tirando-o de
mim. Eu desistiria de tudo para ser capaz de fazer isso por ele, de ser capaz
de dar a ele a vida que ele merecia.
Ele só tinha dezesseis anos.
“Aonde você quer ir hoje?” Eu perguntei,
mudando de assunto. Meu corpo tremeu com o esforço de não continuar se
despedaçando. Eu queria chorar com vontade. Eu nunca me sentira tão
transbordante de emoções antes. Eu sempre fui capaz de esconder minha dor, não
importava o quanto estivesse me machucando, mas isso, isso era diferente. Eu
não queria aprender como viver sem ele.
“Para um lugar que vai me fornecer comida
gordurosa e luz do sol.” Ele jogou a perna em volta da minha cintura, a mão
deslizando subindo em meu peito. “Um lugar com belas paisagens para que eu
possa tirar fotos. Um lugar que seja um pouco longe porque uma viagem de carro
parece legal.”
“Cidade Sina é isso,” eu disse. Eu esperava
que ele não pudesse ouvir o leve tremor em minha voz. Eu não conseguia entender
porque eu estava me sentindo daquele jeito logo depois de acordar. “É mais ou
menos a seis horas de viagem daqui, então vamos levantar e nos preparar agora.
Eu vou ligar para o seu pai e explicar tudo para ele.” Eu me sentei.
“Espere um minuto.” Ele me segurou pelo
braço, usando o aperto nele para se puxar para uma posição sentado. Ele
bagunçou meu cabelo e perguntou, com um sorriso afetado, “Como está sua costa?”
“Huh?” Foi só quando ele apontou isso que
eu senti a dor pulsante em minha lombar, o que me lembrou de tudo o que
aconteceu na noite passada. Eu sorri como um completo idiota, a tristeza que eu
sentia meros segundos atrás começando a desaparecer. “Dói um pouco.”
Eren assentiu sugerindo conhecimento. “Eu
diria que sinto muito, mas não sinto. Você é bem diferente quando está por
baixo.”
“Oh?”
“Hum,” ele assentiu com um leve aceno de
cabeça, jogando os braços em volta do meu pescoço. “Você é bem menos
concentrado, então você fica mais aberto. Eu juro que seus gemidos são enviados
dos céus. Eles são a definição perfeita de ‘música para os meus ouvidos’.”
Eu encarei ele por baixo de sobrancelhas
unidas. “Por favor, cale a boca.”
Ele sacudiu a cabeça, o sorriso presunçoso
no rosto dele virando um largo sorriso. “Não. Nunca. Eu me recuso a calar a
boca sobre seus incríveis gemidos. Por favor, me banhe com eles. Na verdade, me
afogue neles. É uma bela forma de partir. Quer saber? Eu vou escrever isso no
meu testamento: O último desejo de Eren Jaeger é ter os gemidos de Levi
Ackerman tocando em seu funeral. Eu estarei chorando no céu.”
“O que faz você pensar que vai para o céu?”
“Está brincando comigo? Eu sou perfeito.”
Eu coloquei minhas mãos nos quadris dele,
esfregando círculos na pele dele com meus polegares. “Sim, você meio que é.”
“Eu estava brincando.”
“Eu não.” Eu olhei para ele, imaginando
aqueles olhos brilhantes refletindo a luz do sol. Nós não chegaríamos a Sina
até o começo da noite, mas amanhã nós teríamos o dia inteiro lá – horas para
passar juntos sob o sol. “Ei, eu tenho uma ideia.”
Eren se aproximou, deixando um caminho de
beijos no meu pescoço. “Uma ideia?”
“É. Vamos tomar banho juntos.” Eu pensei
que ele fosse gostar da sugestão, porque ele estava sempre falando de
experimentar coisas juntos todo dia, mas ele fez uma cara que me fez pensar que
tivesse falado cedo demais.
“Eu não acho que você iria querer tomar
banho comigo,” ele disse. “Eu preciso manter a água só morna, porque o vapor e
meus pulmões não se misturam. É mais difícil respirar.”
O lençol branco que nos cobriu pela noite
agora estava em volta da cintura dele do jeito mais sedutor possível. Meus
olhos se demoraram nos músculos tonificados da barriga dele antes de vagarem
para o peito dele, então finalmente a curva esguia do pescoço dele. Eu inclinei
minha cabeça para baixo, completamente distraído, e beijei a pele macia ali.
“Eu aguento água morna,” eu disse a ele.
“Mesmo?” Ele laçou os dedos em meu cabelo,
um som incoerente saindo dos lábios dele.
“Mesmo”, eu confirmei, deslizando minhas
mãos pelas pernas dele, que estavam envolvendo minha barriga. Nunca era uma boa
ideia dormir nu, porque acordar nu significava tentação. Em qualquer outra
manhã, eu teria cedido alegremente, mas nós precisávamos estar na estrada em
breve se quiséssemos fazer um bom tempo. Então, de novo, chegar tarde em Sina
não seria tão ruim também.
Eren balançou os quadris, arrancando uma
inspiração aguda de mim. “Você acha que outros adolescentes fazem tanto sexo
quanto nós? Nós não paramos desde que começamos.” Mesmo enquanto ele falava, as
mãos dele estavam se movendo, as pontas dos dedos deslizando para baixo em meu
abdômen de um jeito que fez minha cabeça cair no ombro dele.
“Quem sabe? Por que? Isso lhe incomoda?” Eu
sosseguei minhas mãos, mas as dele continuaram vagando, fazendo eu me contorcer
embaixo dele.
“O que? Não. Só estava pensando alto. Não
pare.”
Eu continuei de onde havia parado.
(x)
Nós não podíamos ir para Sina sozinhos.
Grisha não queria que eu fosse o único dirigindo, então ele tinha uma condição:
levar Petra e Jean junto. Isso não era tão ruim, considerando que jogamos isso
sobre ele no último segundo. Ele ainda tinha toda intenção de nos deixar ir e
eu tinha a impressão de que isso tinha tudo a ver com o sorriso brilhante que
Eren mostrou quando pediu permissão para fazer uma pequena viagem. Grisha havia
olhado para ele com algo consciente e triste em seus olhos, algo que vez eu me
virar.
Agora, Eren e eu estávamos abarrotados no
quarto dele, que estava uma grande bagunça. Ele estivera trabalhando em algo
que requeria tinta. Havia salpicos secos dela na parede e no carpete dele.
Havia uma abundância de grous de papel empurrados para um canto. Eles eram
pássaros dobrados incapazes de voar que se amontoavam no carpete cinza.
“Quantos desses você fez?” Eu perguntei
pegando um dos grous. Ele oscilou em minha palma, um vermelho profundo que
gritava contra minha pele pálida.
“Centenas,” ele respondeu. “Existe uma
lenda japonesa que diz que se você dobrar mil grous de papel, um grou virá e
realizará um desejo seu.”
Eu olhei para ele. Ele estava ocupado
enfiando roupas em uma mala marrom. “Você realmente acredita nisso?”
Ele deu de ombros. “Eu não sei. Mas seria
legal, não seria? Eu faço um desejo sempre que acabo de dobrar mil deles. Eu
ainda tenho que dobrar duzentos para a formada ficar completa.”
“O que você vai desejar?”
“Você,” ele sussurrou, os ombros caindo
para frente. “Eu sempre vou desejar por você, Levi.” Ele se virou para mim, os
olhos queimando com emoção. “Eu quero desesperadamente manter você, até o tempo
parar.”
Uma parte de mim queria dizer a ele para
não gastar seu desejo comigo, mas a parte egoísta de mim que roía como uma dor,
esperava que houvesse verdade nessa lenda.
Eu coloquei o grou sobre a cômoda dele. “Me
ensine como dobrá-los.”
“Okay.” Ele estendeu os braços para mim,
mas, antes que eu pudesse dar um passo entre eles, ele começou a tossir. Essa não
era uma tosse normal. Essa fez os joelhos de Eren se dobrarem, fez ele gemer de
dor enquanto ele apertava seu peito. Ele pressionou suas mãos fechadas contra
suas costelas, como se estivesse tentando manter algo trancado dentro dele, mas
essa doença dele era persistente. Era um adversário que nenhum de nós podia
derrotar.
Eu me apressei para o lado dele, pegando
sua cânula da cabeceira. Eu o coloquei de volta na cama antes de colocar a
cânula cuidadosamente no lugar. Ele estendeu a mão e se agarrou em mim. Eu podia
ouvir a qualidade rouca da tosse dele, o som abdominal dela que me fez
estremecer. Mas eu o segurei perto de mim, mesmo quando ele arranhou
dolorosamente meus ombros e costa.
Dentro dos poucos minutos seguintes, Grisha
entrou no quarto, mas então o ataque de tosse estava diminuindo gradualmente. Ela
deixou Eren respirando irregularmente, o peito subindo e descendo rápido demais
para ser considerado normal. Quando o pai dele indicou que ele sentasse, ele
lutou para obedecer, o corpo tremendo como a última folha em uma árvore que se
agarrava na ideia de verão; que tentava seu melhor para evitar o inverno que se
aproximava rapidamente. Então eu o ajudei. Eu me tornei sua força, ajudando-o a
ficar em uma posição sentada.
“Se nós precisarmos ficar,” eu comecei,
olhando para Grisha que pairava sobre nós com preocupação, “nós ficaremos.”
Eren sacudiu a cabeça. “Não... quero...
ficar.”
Eu esfreguei a costa dele. “Nós podemos ir
outra hora.”
“Não, estou bem,” ele forçou as palavras
para fora, mesmo quando ele estava arquejando. Ele virou a cabeça para olhar
para o pai. “Pai?”
Grisha tirou seus óculos e apertou a ponte
do nariz entre polegar e indicador. Bem ali, ele pareceu incrivelmente cansado.
“Eu ficaria muito mais confortável com isso se eu pudesse ir junto. Eu não iria
no mesmo carro que vocês. Eu manterei uma distância, mas eu gostaria de estar
perto se alguma coisa acontecer.”
Eren se inclinou um pouco, estendendo a mão
para ele. Grisha a pegou, segurando-a em suas próprias mãos como se fosse algo
precioso. Pelo jeito que ele estava olhando para ele, ela era; um pequeno
presente que garantia sua presença. “Obrigado, pai.”
“Qualquer coisa por você, mas eu vou deixar
vocês dois voltarem a empacotar. Nesse tempo, eu vou buscar Jean e Petra. Eles devem
estar quase prontos.”
Com isso dito, Grisha deixou o quarto.
Eren não se moveu imediatamente. Ele ouviu
o silêncio, entrelaçando nossos dedos na obscuridade do quarto dele. Ele os
levou ao nível dos olhos e traçou meu polegar com o dele. “Você perguntou se eu
acredito naquela lenda dos grous. Eu acredito. Esse mundo, esse universo, tem
tantos segredos que nós nem começamos a entender. Você já viu fotos das
Montanhas Arco-íris na China?”
“Não,” eu disse, beijando o topo da cabeça
dele.
“São incríveis. É como mágica da vida real.
Eu gostaria de vê-las em pessoa. Elas parecem com algo que você veria num livro
de crianças.”
Eu não sabia o que dizer a ele. Quantidade nenhuma
de promessas poderia fazer as coisas se realizarem. Se fosse o caso, nós
estaríamos vivendo em um sonho, nossas preocupações há tempos esquecidas. Todo mundo
teria exatamente o que queriam, mas eu só queria uma coisa: ele. Eu nunca
imaginei meu futuro em detalhes. Antes dele, tudo o que importava era encontrar
uma forma de escapar, mas agora que eu tinha Eren em minha vida, tudo parecia
possível. Eu podia nos ver nos mudando para um pequeno apartamento que seria
preenchido com as criações dele, indo para casa para vê-lo trabalhando em algo
novo.
Eu queria tanto isso. Eu queria uma vida
inteira com ele. Eu sabia que éramos jovens; que as pessoas olhavam para nossa
felicidade como se não fôssemos durar. Que nosso amor fosse espontâneo e
evaporaria muito antes de sequer começar, mas eles não sabiam como eu me
sentia. Eles não nem podiam saber o quanto ele significava para mim, ou como
tê-lo por perto fazia eu me sentir completo. Isso não era uma paixonite. Essa emoção
que queimava em minhas veias como pequenas constelações era real.
“Você quer casar comigo?” Eu perguntei.
A cabeça de Eren se virou tão rápido, que
eu tinha certeza que ele se dera um torcicolo. “O que?”
Eu dei de ombros, um pouco envergonhado. “Não
agora. Estou falando de quando formos mais velhos. Quando eu mesmo puder tomar
conta de você. Você vai se casar comigo então?”
“Ah, Levi.” Ele pegou meu rosto em suas
mãos com carinho e eu fechei meus olhos. “Eu não vou–Não posso...”
“Eu sei,” eu disse. “Mas se pudesse, você
iria?”
“Você sabe que sim.”
Eu toquei minha testa na dele. “Isso é tudo
que importa.”
Eren rastejou de meu colo e eu abri meus
olhos para vê-lo cruzar o quarto em largas passadas, arrastando seu cilindro de
oxigênio atrás dele pelo tubo passado por trás de suas orelhas. Ele puxou a
gaveta de baixo de sua cômoda e tirou um longo fio vermelho. Esticando-o, ele o
partiu no meio com uma tesoura amarela. Então ele andou de volta para a cama. Ele
segurou minha mão esquerda e amarrou um pedaço de fio em volta de meu dedo
anelar. “Você assistiu ao filme Cold
Montain?”
“Acho que não.”
Ele me entregou o outro pedaço de fio. “Nele,
os dois personagens principais apaixonados dizem que, em alguma religião, tudo
o que você precisa fazer para estar casado é dizer, ‘Eu caso com você’, três
vezes.”
Eu o espiei pelos meus cílios, pegando a
mão esquerda dele na minha. Eu amarrei cuidadosamente o fio em volta do dedo
anelar dele. “Eu caso com você. Eu caso com você. Eu caso com você.”
Ele mordeu o lábio inferior, sorrindo
timidamente. “Você me ama o suficiente para realmente casar comigo?”
“Sim. Eu seria aquele cara que vai buscar
sua esposa morta no Submundo naquele conto grego.”
O sorriso dele ficou tristonho. “Você virá
me buscar?”
“Sempre.”
Se inclinando, ele sussurrou, “Eu caso com
você. Eu caso com você. Eu caso com você.” Ouvir aquelas palavras, ditas com
tanta confiança, fez meu coração bater mais rápido.
“Um dia,” eu prometi, “Eu trocarei esse fio
por um anel.”
Sentando reto, Eren correu o polegar sobre
o fio em volta do meu dedo. “Um dia. Por enquanto, mas fazer as malas. Meu pai
estará de volta logo e eu quero sair assim que ele chegar.”
Juntos, nós levantamos e eu organizei a
bagunça na mala dele. Ele tinha mais ou menos enfiado as roupas dele na mala
sem cuidado, então eu as tirei e dobrei, sacudindo minha cabeça o tempo todo. Eren
riu da minha expressão e continuou jogando várias coisas sobre a cama dele para
que eu guardasse “do jeito certo”, como ele dizia. Eu só estava feliz que eu
tivesse empacotado minhas coisas antes de virmos para cá.
Nós mal estávamos acabando quando ouvimos a
pancada de portas de carro na frente. Nem um minuto se passou antes de Jean
desfilar para dentro do quarto, um sorriso enorme no rosto dele. Ele manteve
seus braços bem abertos.
“Hora da viagem de carro,” ele disse,
batendo as mãos juntas. O som ecoou em volta do quarto. “Eu não posso acreditar
que vocês não iriam me convidar. Vocês realmente pensaram que podiam se
divertir sem mim?”
Eren disse, “Não precisa ficar chateado por
causa disso. Você vem agora, não vem?”
Jean apontou um dedo para ele. “Realmente
vou, não graças a vocês dois cuzões.”
“Shh”, Eren chiou de volta, golpeando o ar
com um sorriso largo. “Meu pai não é fã de palavrões. Se ele ouvir você, vai enrugar
as sobrancelhas pelo resto do dia.”
“Não faça o Dr. Jaeger enrugar as
sobrancelhas, Jean,” eu disse.
Jean sorriu tolamente, pronto para fazer
uma rápida vingança que iria, sem dúvida, ter as palavras mais sórdidas, mas
então a boca dele fechou rapidamente. Ele estava me olhando andar pelo quarto,
os olhos se estreitando. Eu não sabia o que era tão interessante sobre isso até
ele começar a rir. Então eu lembrei, tarde demais, que eu estava andando
mancando.
Puta merda.
“Ah, isso é bom demais!” Jean gritou, ainda
rindo. “Espere pela droga de um minuto. Você está mancando agora? Espera, não
me diga: Eren fu—”
Eren deu um tapa com a mão sobre a boca
dele, os olhos arregalados disparando para a porta. “Cala a boca.”
Jean forçou a mão dele para longe e sussurrou
de um jeito alto e desagradável. “Você foi fodido no rabo, Levi?”
“Eu posso quebrar sua mandíbula em menos de
um minuto,” eu disse, o que era verdade. Kenny tinha me ensinado alguns truques
sujos que eu não podia esquecer, mas eu não intimidei Jean nem um pouco. Ele continuava
sorrindo.
“Isso não responde minha pergunta, bebê.”
Eu não disse nada.
Nos segundos que se alongaram parecendo
minutos, os olhos de Eren encontraram os meus. Havia alguma coisa neles, algo relutante
e ferido que me fez perceber que ele pensava que eu estava envergonhado do que
fizéramos noite passada. Eu não estava com vergonha de ter ficado por baixo. Por
que estaria?
“É, eu fui fodido no rabo,” eu disse
quebrando o silêncio. “Que que tem?”
Eren congelou, ruborizando violentamente. Jean
riu ainda com mais vontade. Quem ele se recuperou ele disse, “Espera, eu pensei
que você fosse o ativo?”
Eu perguntei, “Isso importa?”
Jean deu de ombros. “Para alguns isso
importa muito.”
“Bem, não para nós. Agora cala a boca e
carrega essa mala para a caminhonete.” Eu peguei a mala de Eren, meus
movimentos rápidos e bruscos, e a lancei na direção dele. Ele a pegou com um
arquejo.
“Whoa, espera,” Jean disse colocando a mala
no chão ao lado do pé dele. “Eu não quis dizer nada ruim. Sério, eu só estava
sendo um idiota. Você sabe, certo?”
Eu suspirei. “É, eu sei.”
Nós permanecemos ali em silêncio e, então,
Eren colocou as mãos nos quadris. Ele andou até Jean e cutucou o peito dele com
o dedo médio. “Você me deve um almoço por pensar que eu nunca poderia ser o
ativo. Estou ofendido.”
Jean enfiou as mãos nos bolsos do casaco,
oferecendo a ele um sorriso torto. “Tudo bem. Eu lhe devo um almoço. Para vocês
saberem, pelo jeito que Levi está andando, eu acho que você fez um bom trabalho
como ativo. Na verdade, estou orgulhoso de você, bebê. Eu vou lhe pagar almoço e jantar por isso.”
Eu encarei os dois, mas eles me ignoraram.
Eren perguntou, “Então, como você e Petra
estão se saindo?”
Todo o comportamento de Jean mudou em um
segundo. Ele parecia sem confiança, toda a ansiedade que ele mostrou sobre a
viagem mais cedo se dissipando. “Uh, eu não sei. As coisas estão um pouco
estranhas entre nós no momento. Eu não acho que ela saiba ser algo mais. Sempre
que eu sequer tento alguma coisa, ela me desvia como fazia normalmente, mas
então ela pede desculpas por isso. Eu não sei o que fazer.”
Sem olhar, Eren se ajoelhou para segurar o
puxador de seu carinho de oxigênio. “Eu posso ajudar. Nós estaremos fora por
alguns dias, então é uma grande oportunidade de fazer algo romântico. Eu falarei
com ela também. Tenho certeza que ela só está em conflito sobre a coisa toda.”
Eles saíram do quarto juntos e eu segui
atrás deles. Nós encontramos Petra na sala de estar. Os olhos dela dispararam
para cima, passando por nós, mas eles permaneceram em Jean. Ela não disse nada,
e nem ele. Eu tive o impulso de dar um tapa neles dois, porque eles estavam
sendo teimosos. Eles não tinham certeza se queriam cruzar a barreira que iria
fazer a transição deles de amigos para um item. Eu sabia que isso era porque
eles não queriam perder um ao outro, porque relacionamentos deixavam as coisas
bagunçadas, mas isso não aconteceria. Mesmo que eles terminassem no futuro,
eles iriam se agarrar a amizade deles, porque era isso que fazíamos. Nós estávamos
juntos a tempo demais para não fazer isso.
“Vamos,” eu disse. “Quem dirige primeiro?”
Petra levantou. “Eu.”
Nós saímos da casa depois disso. Grisha ficaria
para trás por um tempo, para nos dar algum espaço, como ele prometeu a Eren. Na
verdade, eu estava feliz que ele estaria indo junto. Tê-lo por perto me
deixaria mais relaxado, porque, quando o assunto era a doença do Eren, eu não
sabia como ajuda-lo. De muitas formas, ele tinha mantido aquela parte dele
escondida, como uma cicatriz feia que guardava memórias demais. Não era meu
lugar força-lo a me deixar entrar. Se ele quisesse que eu o visse em seus
piores momentos, então essa seria decisão dele a fazer. Não minha.
Assim que nos empilhamos na caminhonete de
Petra, nós todos relaxamos. Estar na estrada, abarrotados na caminhonete, era
conhecido por todos nós. Como de costume, Jean ligou o rádio, mas o iPod da
Petra estava conectado, então uma música lenta começou a tocar. Para minha
surpresa, ele não mudou. Ele simplesmente se recostou e escutou a voz da
mulher, as sobrancelhas de unindo. Ele estava tentando ouvir algo na música que
diria a ele alguma coisa sobre Petra que ele ainda não sabia.
Eren se mexeu em meu colo. Por algum
motivo, ele parecia irritado. “Isso é estúpido.”
Os olhos de Petra mudaram para o rosto
dele. “O que?”
“Você e Jean. Eu sei que não é da minha
conta, que eu deveria deixar vocês dois seguirem em seu próprio ritmo, mas não
tirem vantagem do tempo que foi dado a vocês. Tem algumas pessoas que estão se
agarrando a cada segundo.”
Eu coloquei meus braços em volta da cintura
dele, pressionando minha testa entre as omoplatas dele. Era verdade, mas eu não
sabia como eles levariam isso.
“Eren,” Petra disso, suave e devagar. Porém,
antes que ela pudesse continuar, Jean se virou para ela. Ela recuou um pouco. “Jean?”
Ele fechou as mãos. Eu podia vê-lo
tremendo, mas a voz dele estava firme quando disse a ela, “Eu meio que estou
apaixonado por você. Estou há um longo tempo. Eu quero você na pior das formas,
mas eu vou aceitar o que você me der. Mas eu preciso saber se você quer, porque
eu quero você.”
Eu tinha certeza que Petra estava a dez
segundos de bater a caminhonete, então eu fiquei feliz quando ela estacionou no
acostamento da estrada. Ela mergulhou o pé no freio e todos nós sacudimos para
frente. As mãos dela se apertaram no volante, uma longa expiração saindo dela,
mas ela não disse nada.
Silêncio. Foi isso que nos cumprimentou.
Jean deve ter tomado isso como uma
resposta, porque ele disse para Eren, “Eu sei que você quer sentar no colo do
Levi, mas nós precisamos trocar de lugar. Não posso—”
“Eu também amo você,” Petra sussurrou.
Jean girou. Eu não podia ver o rosto dele,
mas eu sabia que ele deveria estar olhando para ela em choque, porque Petra
apenas sorriu um sorriso desleixado. Ela tirou as mãos do volante para empurrar
gentilmente o cabelo da testa dele para trás, algo que ela costumava fazer
quando éramos crianças. Então ela beijou ele, mil estrelas colidindo todas de
uma vez.
Amor era uma coisa assombrosa. Ele banhava
seu universo inteiro em luz do sol que infiltravam nas brechas de sua pele como
mágica, mas cada dia tinha sua escuridão, a Terra virando para longe do sol em
uma infinita dança do tempo. Um dia, eu acordaria e minha vida inteira teria
partido, mantida unida por fragmentos de memórias. Eu nunca seria capaz de
relembrar minha vida em sua plenitude, algumas coisas eram destinadas a serem
esquecidas, mas eu sempre lembraria de Eren. Eu sempre lembraria do verão que
me presenteou o meu primeiro amor. Eu o guardaria em meu coração como uma
chama.
Ele tinha que saber que, mesmo depois que
ele se fosse, eu sempre estaria perseguindo o verão.
_______________________________________
Notas da Autora:
Amor. É uma coisa tão bonita de
experimentar, mas também tão triste. Na minha opinião, de qualquer forma. Às vezes,
ele pode machucar pra caramba. Especialmente quando tem alguma coisa lá que
está completamente fora de seu controle.
De qualquer modo, o próximo capítulo será
divertido. Eu prometo. Eles estarão em uma viagem e as coisas serão alegres,
porque depois, bem, a tristeza está próxima. É inevitável.
Mas agora vocês sabem de onde eu tirei o
título Perseguindo o Verão. Aquela última linha foi uma das primeiras coisas
que passaram pela minha mente quando pensei nessa história. Estou feliz que eu
finalmente tenha sido capaz de escrever isso. Isso me deixa emotiva por alguma
razão.
Obrigada por lerem. Honestamente, se eu
pudesse agradecer pessoalmente todos que comentam, eu agradeceria. Eu não
respondo a muitos que me deixam um comentário no último capítulo porque, como
eu disse, essa última semana foi uma difícil para mim, mas eu leio todos eles.
:)
___________________________________________
Notas da Tradutora:
[1] O resumo deste capítulo é citação da música Who Wants to Live Forever do Queen (O título do capítulo também). Aí vai um videozinho com a tradução da letra. ;)
Desculpem pela falta de imagens dessas vez. Eu sempre demoro muito selecionando as imagens e, dessa vez, eu estava com pressa. hehehe
Mas aqui vão duas para ilustrar um pouquinho:
___________________________________________
Notas da Tradutora:
[1] O resumo deste capítulo é citação da música Who Wants to Live Forever do Queen (O título do capítulo também). Aí vai um videozinho com a tradução da letra. ;)
Desculpem pela falta de imagens dessas vez. Eu sempre demoro muito selecionando as imagens e, dessa vez, eu estava com pressa. hehehe
Mas aqui vão duas para ilustrar um pouquinho:
Rainbow Montains / Montanhas Arco-íris - China.
Como os 1000 tsurus/grous são usados como decoração. ^^
Hm, toda vez que eu vou ler essa fic meu mundo gira nas nuances dela. É um coisa mt bem escrita God...
ResponderExcluirEu fico até agoniada com toda a situação deles agora, cmo eu disse no outro eps, ta meio bad aqui.
Haha, mas enfim.
Aleluia que Jean saiu do zona de friendzone. ~Mais um guerreiro~
Nossa! Rir demais com o Levi mancando, a pegada foi boa hein Eren.
____
Muito obrigada por mais essa tradução Lena. Sobre a demora, relaxe, esperamos sempre o seu tempo. Não precisa ficar coisada. Beijinhos!
Sim, também mergulhei fundo nessa fic. A autora realmente tem um estilo maravilhoso, além da história ser muito marcante e comovente.
ExcluirSIM!!! Jean é um vencedor! huahauhauhau Graças ao Eren! XD
E o Levi mancando... melhor parte é a reação do Jean. hahaha Ele é péssimo! >w<
também adorei esta parte de Levi mancando a noite foi forte, a musica do Queem citada no começo é trilha sonora de um filma da década de 80 chamado Highlander - O Guerreiro Imortal é uma trilogia mais o primeiro é inesquecível. Obrigado bjss
ResponderExcluirFeliz por Pedra e Jean...
ResponderExcluirMas não consigo impedir meu coração de ficar pequeno por Eren, essa crise antes da viagem e o fato do pai aceitar que Eren fosse e pedir para ir junto, nos mostra o quanto ruim é seu estado...
LEVI QUERO TE DAR UM ABRAÇO POR SER TAO AMADO. E por amar tanto o Eren.....
Wwwwoooowww amo esses dois....
Que história linda . Que sensibilidade. Amei . Parabéns!
ResponderExcluir