Oi gente!!
Um bom fim de semana pra todos!!!

Como sempre, peço desculpas pela demora na postagem dessa fic incrível, mas sabem como é, né? Quando a pessoa se mete a fazer um monte de coisas ao mesmo tempo (Sim, aparentemente eu tenho TDA). hehehe XD Prometo que vou me esforçar para não demorar tanto com o próximo. >_<

Sem mais demora, continuem lendo a história de amor (uma de muitas) de Eren e Levi. *-*.

Beijos~         
Lena.
Eren sendo tímido. XD
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Capítulo 17: Para sempre é nosso hoje


Resumo:
Não há chance para nós
Está tudo decidido para nós
Esse mundo só tem um doce momento
Separado para nós [1]

Notas da Autora:
Eu sinto muito que esse tenha demorado um pouco mais que o normal. Essa última semana pareceu ser um sonho febril. Eu estou sob medicação nova que faz tudo parecer confuso. É muito difícil de explicar, mas isso tornou escrever quase impossível. Espero que saibam que, não importa quanto tempo isso possa levar, uma atualização está a caminho. Eu estou devotada a essa história e vou termina-la. :)
Além disso, um grande obrigada para a linda que me falou sobre a música Who wants to live forever? É tão bonita e vai tão bem com essa minha história. Se você quiser dar uma ouvida, você pode aqui.

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Eu nunca me cansaria de acordar perto do Eren. Nossos membros entrelaçados, envoltos em segredos que cheiravam a baunilha e desejo. Amor era uma coisa surpreendente. Ele banhava nosso universo inteiro em luz do sol que entrava nas brechas de nossas peles como mágica. Sob as pontas dos dedos de Eren, eu vim à vida, não mais vestido em cinza. Juntos, nós iríamos encarar o vívido desconhecido que esperava diante de nós como um vortex iminente. Ele nunca mais estaria só nisso. Eu o seguiria para onde ele fosse.
Um dedo morno acariciou minha bochecha, capturando a lágrima ali. “Por que está chorando?” Eren perguntou se movendo para mais perto de mim. Nós agora estávamos peito com peito.
Sem abrir meus olhos, eu enterrei meu rosto na curva do pescoço dele e disse, “Eu quero ver o mundo com você. Eu quero ver seu rosto iluminado pela Aurora Boreal. Eu quero beijar você em frente À Torre Eiffel. Me deixe levar você para longe dessa cidade monótona. Eu tenho algum dinheiro guardado.”
Mon amour,” ele murmurou contra minha testa. “Eu não posso segui-lo pela Terra, mas eu vou deixar você me levar a um lugar. Vamos fugir por alguns dias, só nós dois.”
Eu abri meus olhos, recebido por um sorriso caloroso que guardava tristeza escondida nele. Eu descansei minha mão na bochecha dele, a pele macia contra minha palma. “Me desculpe. Eu sei que isso é mais difícil para você do que é para mim.”
“Não.” Ele balançou a cabeça. “Quando estou com você, estou vivendo em felicidade. Você pressiona seus lábios nos meus sabendo que o que nós temos é temporário, algo que não pode manter. Eu vou morrer com você ainda sendo meu, mas você será deixado para trás para encontrar outro para preencher o vazio de minha ausência.”
Eu passei meus braços em volta dele, puxando-o para mais perto, nossos corações batendo em intervalos diferentes. Por que eu sentia como se estivéssemos nos aproximando de algo do que não seríamos capazes de escapar? Eu queria pegar os pulmões dele nas minhas mãos e apagar cada defeito, cada imperfeição, para eliminar as falhas que estavam tirando-o de mim. Eu desistiria de tudo para ser capaz de fazer isso por ele, de ser capaz de dar a ele a vida que ele merecia.
Ele só tinha dezesseis anos.
“Aonde você quer ir hoje?” Eu perguntei, mudando de assunto. Meu corpo tremeu com o esforço de não continuar se despedaçando. Eu queria chorar com vontade. Eu nunca me sentira tão transbordante de emoções antes. Eu sempre fui capaz de esconder minha dor, não importava o quanto estivesse me machucando, mas isso, isso era diferente. Eu não queria aprender como viver sem ele.
“Para um lugar que vai me fornecer comida gordurosa e luz do sol.” Ele jogou a perna em volta da minha cintura, a mão deslizando subindo em meu peito. “Um lugar com belas paisagens para que eu possa tirar fotos. Um lugar que seja um pouco longe porque uma viagem de carro parece legal.”
“Cidade Sina é isso,” eu disse. Eu esperava que ele não pudesse ouvir o leve tremor em minha voz. Eu não conseguia entender porque eu estava me sentindo daquele jeito logo depois de acordar. “É mais ou menos a seis horas de viagem daqui, então vamos levantar e nos preparar agora. Eu vou ligar para o seu pai e explicar tudo para ele.” Eu me sentei.
“Espere um minuto.” Ele me segurou pelo braço, usando o aperto nele para se puxar para uma posição sentado. Ele bagunçou meu cabelo e perguntou, com um sorriso afetado, “Como está sua costa?”
“Huh?” Foi só quando ele apontou isso que eu senti a dor pulsante em minha lombar, o que me lembrou de tudo o que aconteceu na noite passada. Eu sorri como um completo idiota, a tristeza que eu sentia meros segundos atrás começando a desaparecer. “Dói um pouco.”
Eren assentiu sugerindo conhecimento. “Eu diria que sinto muito, mas não sinto. Você é bem diferente quando está por baixo.”
“Oh?”
“Hum,” ele assentiu com um leve aceno de cabeça, jogando os braços em volta do meu pescoço. “Você é bem menos concentrado, então você fica mais aberto. Eu juro que seus gemidos são enviados dos céus. Eles são a definição perfeita de ‘música para os meus ouvidos’.”
Eu encarei ele por baixo de sobrancelhas unidas. “Por favor, cale a boca.”
Ele sacudiu a cabeça, o sorriso presunçoso no rosto dele virando um largo sorriso. “Não. Nunca. Eu me recuso a calar a boca sobre seus incríveis gemidos. Por favor, me banhe com eles. Na verdade, me afogue neles. É uma bela forma de partir. Quer saber? Eu vou escrever isso no meu testamento: O último desejo de Eren Jaeger é ter os gemidos de Levi Ackerman tocando em seu funeral. Eu estarei chorando no céu.”
“O que faz você pensar que vai para o céu?”
“Está brincando comigo? Eu sou perfeito.”
Eu coloquei minhas mãos nos quadris dele, esfregando círculos na pele dele com meus polegares. “Sim, você meio que é.”
“Eu estava brincando.”
“Eu não.” Eu olhei para ele, imaginando aqueles olhos brilhantes refletindo a luz do sol. Nós não chegaríamos a Sina até o começo da noite, mas amanhã nós teríamos o dia inteiro lá – horas para passar juntos sob o sol. “Ei, eu tenho uma ideia.”
Eren se aproximou, deixando um caminho de beijos no meu pescoço. “Uma ideia?”
“É. Vamos tomar banho juntos.” Eu pensei que ele fosse gostar da sugestão, porque ele estava sempre falando de experimentar coisas juntos todo dia, mas ele fez uma cara que me fez pensar que tivesse falado cedo demais.
“Eu não acho que você iria querer tomar banho comigo,” ele disse. “Eu preciso manter a água só morna, porque o vapor e meus pulmões não se misturam. É mais difícil respirar.”
O lençol branco que nos cobriu pela noite agora estava em volta da cintura dele do jeito mais sedutor possível. Meus olhos se demoraram nos músculos tonificados da barriga dele antes de vagarem para o peito dele, então finalmente a curva esguia do pescoço dele. Eu inclinei minha cabeça para baixo, completamente distraído, e beijei a pele macia ali. “Eu aguento água morna,” eu disse a ele.
“Mesmo?” Ele laçou os dedos em meu cabelo, um som incoerente saindo dos lábios dele.
“Mesmo”, eu confirmei, deslizando minhas mãos pelas pernas dele, que estavam envolvendo minha barriga. Nunca era uma boa ideia dormir nu, porque acordar nu significava tentação. Em qualquer outra manhã, eu teria cedido alegremente, mas nós precisávamos estar na estrada em breve se quiséssemos fazer um bom tempo. Então, de novo, chegar tarde em Sina não seria tão ruim também.
Eren balançou os quadris, arrancando uma inspiração aguda de mim. “Você acha que outros adolescentes fazem tanto sexo quanto nós? Nós não paramos desde que começamos.” Mesmo enquanto ele falava, as mãos dele estavam se movendo, as pontas dos dedos deslizando para baixo em meu abdômen de um jeito que fez minha cabeça cair no ombro dele.          
“Quem sabe? Por que? Isso lhe incomoda?” Eu sosseguei minhas mãos, mas as dele continuaram vagando, fazendo eu me contorcer embaixo dele.
“O que? Não. Só estava pensando alto. Não pare.”
Eu continuei de onde havia parado.

(x)

Nós não podíamos ir para Sina sozinhos. Grisha não queria que eu fosse o único dirigindo, então ele tinha uma condição: levar Petra e Jean junto. Isso não era tão ruim, considerando que jogamos isso sobre ele no último segundo. Ele ainda tinha toda intenção de nos deixar ir e eu tinha a impressão de que isso tinha tudo a ver com o sorriso brilhante que Eren mostrou quando pediu permissão para fazer uma pequena viagem. Grisha havia olhado para ele com algo consciente e triste em seus olhos, algo que vez eu me virar.
Agora, Eren e eu estávamos abarrotados no quarto dele, que estava uma grande bagunça. Ele estivera trabalhando em algo que requeria tinta. Havia salpicos secos dela na parede e no carpete dele. Havia uma abundância de grous de papel empurrados para um canto. Eles eram pássaros dobrados incapazes de voar que se amontoavam no carpete cinza.
“Quantos desses você fez?” Eu perguntei pegando um dos grous. Ele oscilou em minha palma, um vermelho profundo que gritava contra minha pele pálida.
“Centenas,” ele respondeu. “Existe uma lenda japonesa que diz que se você dobrar mil grous de papel, um grou virá e realizará um desejo seu.”
Eu olhei para ele. Ele estava ocupado enfiando roupas em uma mala marrom. “Você realmente acredita nisso?”
Ele deu de ombros. “Eu não sei. Mas seria legal, não seria? Eu faço um desejo sempre que acabo de dobrar mil deles. Eu ainda tenho que dobrar duzentos para a formada ficar completa.”
“O que você vai desejar?”
“Você,” ele sussurrou, os ombros caindo para frente. “Eu sempre vou desejar por você, Levi.” Ele se virou para mim, os olhos queimando com emoção. “Eu quero desesperadamente manter você, até o tempo parar.”
Uma parte de mim queria dizer a ele para não gastar seu desejo comigo, mas a parte egoísta de mim que roía como uma dor, esperava que houvesse verdade nessa lenda.
Eu coloquei o grou sobre a cômoda dele. “Me ensine como dobrá-los.”
“Okay.” Ele estendeu os braços para mim, mas, antes que eu pudesse dar um passo entre eles, ele começou a tossir. Essa não era uma tosse normal. Essa fez os joelhos de Eren se dobrarem, fez ele gemer de dor enquanto ele apertava seu peito. Ele pressionou suas mãos fechadas contra suas costelas, como se estivesse tentando manter algo trancado dentro dele, mas essa doença dele era persistente. Era um adversário que nenhum de nós podia derrotar.
Eu me apressei para o lado dele, pegando sua cânula da cabeceira. Eu o coloquei de volta na cama antes de colocar a cânula cuidadosamente no lugar. Ele estendeu a mão e se agarrou em mim. Eu podia ouvir a qualidade rouca da tosse dele, o som abdominal dela que me fez estremecer. Mas eu o segurei perto de mim, mesmo quando ele arranhou dolorosamente meus ombros e costa.
Dentro dos poucos minutos seguintes, Grisha entrou no quarto, mas então o ataque de tosse estava diminuindo gradualmente. Ela deixou Eren respirando irregularmente, o peito subindo e descendo rápido demais para ser considerado normal. Quando o pai dele indicou que ele sentasse, ele lutou para obedecer, o corpo tremendo como a última folha em uma árvore que se agarrava na ideia de verão; que tentava seu melhor para evitar o inverno que se aproximava rapidamente. Então eu o ajudei. Eu me tornei sua força, ajudando-o a ficar em uma posição sentada.
“Se nós precisarmos ficar,” eu comecei, olhando para Grisha que pairava sobre nós com preocupação, “nós ficaremos.”
Eren sacudiu a cabeça. “Não... quero... ficar.”
Eu esfreguei a costa dele. “Nós podemos ir outra hora.”
“Não, estou bem,” ele forçou as palavras para fora, mesmo quando ele estava arquejando. Ele virou a cabeça para olhar para o pai. “Pai?”
Grisha tirou seus óculos e apertou a ponte do nariz entre polegar e indicador. Bem ali, ele pareceu incrivelmente cansado. “Eu ficaria muito mais confortável com isso se eu pudesse ir junto. Eu não iria no mesmo carro que vocês. Eu manterei uma distância, mas eu gostaria de estar perto se alguma coisa acontecer.”
Eren se inclinou um pouco, estendendo a mão para ele. Grisha a pegou, segurando-a em suas próprias mãos como se fosse algo precioso. Pelo jeito que ele estava olhando para ele, ela era; um pequeno presente que garantia sua presença. “Obrigado, pai.”
“Qualquer coisa por você, mas eu vou deixar vocês dois voltarem a empacotar. Nesse tempo, eu vou buscar Jean e Petra. Eles devem estar quase prontos.”
Com isso dito, Grisha deixou o quarto.
Eren não se moveu imediatamente. Ele ouviu o silêncio, entrelaçando nossos dedos na obscuridade do quarto dele. Ele os levou ao nível dos olhos e traçou meu polegar com o dele. “Você perguntou se eu acredito naquela lenda dos grous. Eu acredito. Esse mundo, esse universo, tem tantos segredos que nós nem começamos a entender. Você já viu fotos das Montanhas Arco-íris na China?”
“Não,” eu disse, beijando o topo da cabeça dele.
“São incríveis. É como mágica da vida real. Eu gostaria de vê-las em pessoa. Elas parecem com algo que você veria num livro de crianças.”
Eu não sabia o que dizer a ele. Quantidade nenhuma de promessas poderia fazer as coisas se realizarem. Se fosse o caso, nós estaríamos vivendo em um sonho, nossas preocupações há tempos esquecidas. Todo mundo teria exatamente o que queriam, mas eu só queria uma coisa: ele. Eu nunca imaginei meu futuro em detalhes. Antes dele, tudo o que importava era encontrar uma forma de escapar, mas agora que eu tinha Eren em minha vida, tudo parecia possível. Eu podia nos ver nos mudando para um pequeno apartamento que seria preenchido com as criações dele, indo para casa para vê-lo trabalhando em algo novo.
Eu queria tanto isso. Eu queria uma vida inteira com ele. Eu sabia que éramos jovens; que as pessoas olhavam para nossa felicidade como se não fôssemos durar. Que nosso amor fosse espontâneo e evaporaria muito antes de sequer começar, mas eles não sabiam como eu me sentia. Eles não nem podiam saber o quanto ele significava para mim, ou como tê-lo por perto fazia eu me sentir completo. Isso não era uma paixonite. Essa emoção que queimava em minhas veias como pequenas constelações era real.
“Você quer casar comigo?” Eu perguntei.
A cabeça de Eren se virou tão rápido, que eu tinha certeza que ele se dera um torcicolo. “O que?”
Eu dei de ombros, um pouco envergonhado. “Não agora. Estou falando de quando formos mais velhos. Quando eu mesmo puder tomar conta de você. Você vai se casar comigo então?”
“Ah, Levi.” Ele pegou meu rosto em suas mãos com carinho e eu fechei meus olhos. “Eu não vou–Não posso...”
“Eu sei,” eu disse. “Mas se pudesse, você iria?”
“Você sabe que sim.”
Eu toquei minha testa na dele. “Isso é tudo que importa.”
Eren rastejou de meu colo e eu abri meus olhos para vê-lo cruzar o quarto em largas passadas, arrastando seu cilindro de oxigênio atrás dele pelo tubo passado por trás de suas orelhas. Ele puxou a gaveta de baixo de sua cômoda e tirou um longo fio vermelho. Esticando-o, ele o partiu no meio com uma tesoura amarela. Então ele andou de volta para a cama. Ele segurou minha mão esquerda e amarrou um pedaço de fio em volta de meu dedo anelar. “Você assistiu ao filme Cold Montain?”
“Acho que não.”
Ele me entregou o outro pedaço de fio. “Nele, os dois personagens principais apaixonados dizem que, em alguma religião, tudo o que você precisa fazer para estar casado é dizer, ‘Eu caso com você’, três vezes.”
Eu o espiei pelos meus cílios, pegando a mão esquerda dele na minha. Eu amarrei cuidadosamente o fio em volta do dedo anelar dele. “Eu caso com você. Eu caso com você. Eu caso com você.”
Ele mordeu o lábio inferior, sorrindo timidamente. “Você me ama o suficiente para realmente casar comigo?”
“Sim. Eu seria aquele cara que vai buscar sua esposa morta no Submundo naquele conto grego.”
O sorriso dele ficou tristonho. “Você virá me buscar?”
“Sempre.”
Se inclinando, ele sussurrou, “Eu caso com você. Eu caso com você. Eu caso com você.” Ouvir aquelas palavras, ditas com tanta confiança, fez meu coração bater mais rápido.
“Um dia,” eu prometi, “Eu trocarei esse fio por um anel.”
Sentando reto, Eren correu o polegar sobre o fio em volta do meu dedo. “Um dia. Por enquanto, mas fazer as malas. Meu pai estará de volta logo e eu quero sair assim que ele chegar.”
Juntos, nós levantamos e eu organizei a bagunça na mala dele. Ele tinha mais ou menos enfiado as roupas dele na mala sem cuidado, então eu as tirei e dobrei, sacudindo minha cabeça o tempo todo. Eren riu da minha expressão e continuou jogando várias coisas sobre a cama dele para que eu guardasse “do jeito certo”, como ele dizia. Eu só estava feliz que eu tivesse empacotado minhas coisas antes de virmos para cá.
Nós mal estávamos acabando quando ouvimos a pancada de portas de carro na frente. Nem um minuto se passou antes de Jean desfilar para dentro do quarto, um sorriso enorme no rosto dele. Ele manteve seus braços bem abertos.
“Hora da viagem de carro,” ele disse, batendo as mãos juntas. O som ecoou em volta do quarto. “Eu não posso acreditar que vocês não iriam me convidar. Vocês realmente pensaram que podiam se divertir sem mim?”
Eren disse, “Não precisa ficar chateado por causa disso. Você vem agora, não vem?”
Jean apontou um dedo para ele. “Realmente vou, não graças a vocês dois cuzões.”
“Shh”, Eren chiou de volta, golpeando o ar com um sorriso largo. “Meu pai não é fã de palavrões. Se ele ouvir você, vai enrugar as sobrancelhas pelo resto do dia.”
“Não faça o Dr. Jaeger enrugar as sobrancelhas, Jean,” eu disse.
Jean sorriu tolamente, pronto para fazer uma rápida vingança que iria, sem dúvida, ter as palavras mais sórdidas, mas então a boca dele fechou rapidamente. Ele estava me olhando andar pelo quarto, os olhos se estreitando. Eu não sabia o que era tão interessante sobre isso até ele começar a rir. Então eu lembrei, tarde demais, que eu estava andando mancando.
Puta merda.
“Ah, isso é bom demais!” Jean gritou, ainda rindo. “Espere pela droga de um minuto. Você está mancando agora? Espera, não me diga: Eren fu—”
Eren deu um tapa com a mão sobre a boca dele, os olhos arregalados disparando para a porta. “Cala a boca.”
Jean forçou a mão dele para longe e sussurrou de um jeito alto e desagradável. “Você foi fodido no rabo, Levi?”
“Eu posso quebrar sua mandíbula em menos de um minuto,” eu disse, o que era verdade. Kenny tinha me ensinado alguns truques sujos que eu não podia esquecer, mas eu não intimidei Jean nem um pouco. Ele continuava sorrindo.
“Isso não responde minha pergunta, bebê.”
Eu não disse nada.
Nos segundos que se alongaram parecendo minutos, os olhos de Eren encontraram os meus. Havia alguma coisa neles, algo relutante e ferido que me fez perceber que ele pensava que eu estava envergonhado do que fizéramos noite passada. Eu não estava com vergonha de ter ficado por baixo. Por que estaria?
“É, eu fui fodido no rabo,” eu disse quebrando o silêncio. “Que que tem?”
Eren congelou, ruborizando violentamente. Jean riu ainda com mais vontade. Quem ele se recuperou ele disse, “Espera, eu pensei que você fosse o ativo?”
Eu perguntei, “Isso importa?”
Jean deu de ombros. “Para alguns isso importa muito.”
“Bem, não para nós. Agora cala a boca e carrega essa mala para a caminhonete.” Eu peguei a mala de Eren, meus movimentos rápidos e bruscos, e a lancei na direção dele. Ele a pegou com um arquejo.
“Whoa, espera,” Jean disse colocando a mala no chão ao lado do pé dele. “Eu não quis dizer nada ruim. Sério, eu só estava sendo um idiota. Você sabe, certo?”
Eu suspirei. “É, eu sei.”
Nós permanecemos ali em silêncio e, então, Eren colocou as mãos nos quadris. Ele andou até Jean e cutucou o peito dele com o dedo médio. “Você me deve um almoço por pensar que eu nunca poderia ser o ativo. Estou ofendido.”
Jean enfiou as mãos nos bolsos do casaco, oferecendo a ele um sorriso torto. “Tudo bem. Eu lhe devo um almoço. Para vocês saberem, pelo jeito que Levi está andando, eu acho que você fez um bom trabalho como ativo. Na verdade, estou orgulhoso de você, bebê. Eu vou lhe pagar almoço e jantar por isso.”
Eu encarei os dois, mas eles me ignoraram.
Eren perguntou, “Então, como você e Petra estão se saindo?”
Todo o comportamento de Jean mudou em um segundo. Ele parecia sem confiança, toda a ansiedade que ele mostrou sobre a viagem mais cedo se dissipando. “Uh, eu não sei. As coisas estão um pouco estranhas entre nós no momento. Eu não acho que ela saiba ser algo mais. Sempre que eu sequer tento alguma coisa, ela me desvia como fazia normalmente, mas então ela pede desculpas por isso. Eu não sei o que fazer.”
Sem olhar, Eren se ajoelhou para segurar o puxador de seu carinho de oxigênio. “Eu posso ajudar. Nós estaremos fora por alguns dias, então é uma grande oportunidade de fazer algo romântico. Eu falarei com ela também. Tenho certeza que ela só está em conflito sobre a coisa toda.”
Eles saíram do quarto juntos e eu segui atrás deles. Nós encontramos Petra na sala de estar. Os olhos dela dispararam para cima, passando por nós, mas eles permaneceram em Jean. Ela não disse nada, e nem ele. Eu tive o impulso de dar um tapa neles dois, porque eles estavam sendo teimosos. Eles não tinham certeza se queriam cruzar a barreira que iria fazer a transição deles de amigos para um item. Eu sabia que isso era porque eles não queriam perder um ao outro, porque relacionamentos deixavam as coisas bagunçadas, mas isso não aconteceria. Mesmo que eles terminassem no futuro, eles iriam se agarrar a amizade deles, porque era isso que fazíamos. Nós estávamos juntos a tempo demais para não fazer isso.
“Vamos,” eu disse. “Quem dirige primeiro?”
Petra levantou. “Eu.”
Nós saímos da casa depois disso. Grisha ficaria para trás por um tempo, para nos dar algum espaço, como ele prometeu a Eren. Na verdade, eu estava feliz que ele estaria indo junto. Tê-lo por perto me deixaria mais relaxado, porque, quando o assunto era a doença do Eren, eu não sabia como ajuda-lo. De muitas formas, ele tinha mantido aquela parte dele escondida, como uma cicatriz feia que guardava memórias demais. Não era meu lugar força-lo a me deixar entrar. Se ele quisesse que eu o visse em seus piores momentos, então essa seria decisão dele a fazer. Não minha.
Assim que nos empilhamos na caminhonete de Petra, nós todos relaxamos. Estar na estrada, abarrotados na caminhonete, era conhecido por todos nós. Como de costume, Jean ligou o rádio, mas o iPod da Petra estava conectado, então uma música lenta começou a tocar. Para minha surpresa, ele não mudou. Ele simplesmente se recostou e escutou a voz da mulher, as sobrancelhas de unindo. Ele estava tentando ouvir algo na música que diria a ele alguma coisa sobre Petra que ele ainda não sabia.
Eren se mexeu em meu colo. Por algum motivo, ele parecia irritado. “Isso é estúpido.”
Os olhos de Petra mudaram para o rosto dele. “O que?”
“Você e Jean. Eu sei que não é da minha conta, que eu deveria deixar vocês dois seguirem em seu próprio ritmo, mas não tirem vantagem do tempo que foi dado a vocês. Tem algumas pessoas que estão se agarrando a cada segundo.”
Eu coloquei meus braços em volta da cintura dele, pressionando minha testa entre as omoplatas dele. Era verdade, mas eu não sabia como eles levariam isso.
“Eren,” Petra disso, suave e devagar. Porém, antes que ela pudesse continuar, Jean se virou para ela. Ela recuou um pouco. “Jean?”
Ele fechou as mãos. Eu podia vê-lo tremendo, mas a voz dele estava firme quando disse a ela, “Eu meio que estou apaixonado por você. Estou há um longo tempo. Eu quero você na pior das formas, mas eu vou aceitar o que você me der. Mas eu preciso saber se você quer, porque eu quero você.”
Eu tinha certeza que Petra estava a dez segundos de bater a caminhonete, então eu fiquei feliz quando ela estacionou no acostamento da estrada. Ela mergulhou o pé no freio e todos nós sacudimos para frente. As mãos dela se apertaram no volante, uma longa expiração saindo dela, mas ela não disse nada.
Silêncio. Foi isso que nos cumprimentou.
Jean deve ter tomado isso como uma resposta, porque ele disse para Eren, “Eu sei que você quer sentar no colo do Levi, mas nós precisamos trocar de lugar. Não posso—”
“Eu também amo você,” Petra sussurrou.
Jean girou. Eu não podia ver o rosto dele, mas eu sabia que ele deveria estar olhando para ela em choque, porque Petra apenas sorriu um sorriso desleixado. Ela tirou as mãos do volante para empurrar gentilmente o cabelo da testa dele para trás, algo que ela costumava fazer quando éramos crianças. Então ela beijou ele, mil estrelas colidindo todas de uma vez.
Amor era uma coisa assombrosa. Ele banhava seu universo inteiro em luz do sol que infiltravam nas brechas de sua pele como mágica, mas cada dia tinha sua escuridão, a Terra virando para longe do sol em uma infinita dança do tempo. Um dia, eu acordaria e minha vida inteira teria partido, mantida unida por fragmentos de memórias. Eu nunca seria capaz de relembrar minha vida em sua plenitude, algumas coisas eram destinadas a serem esquecidas, mas eu sempre lembraria de Eren. Eu sempre lembraria do verão que me presenteou o meu primeiro amor. Eu o guardaria em meu coração como uma chama.
Ele tinha que saber que, mesmo depois que ele se fosse, eu sempre estaria perseguindo o verão.
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Notas da Autora:

Amor. É uma coisa tão bonita de experimentar, mas também tão triste. Na minha opinião, de qualquer forma. Às vezes, ele pode machucar pra caramba. Especialmente quando tem alguma coisa lá que está completamente fora de seu controle.
De qualquer modo, o próximo capítulo será divertido. Eu prometo. Eles estarão em uma viagem e as coisas serão alegres, porque depois, bem, a tristeza está próxima. É inevitável.
Mas agora vocês sabem de onde eu tirei o título Perseguindo o Verão. Aquela última linha foi uma das primeiras coisas que passaram pela minha mente quando pensei nessa história. Estou feliz que eu finalmente tenha sido capaz de escrever isso. Isso me deixa emotiva por alguma razão.
Obrigada por lerem. Honestamente, se eu pudesse agradecer pessoalmente todos que comentam, eu agradeceria. Eu não respondo a muitos que me deixam um comentário no último capítulo porque, como eu disse, essa última semana foi uma difícil para mim, mas eu leio todos eles. :)

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Notas da Tradutora:

[1] O resumo deste capítulo é citação da música Who Wants to Live Forever do Queen (O título do capítulo também). Aí vai um videozinho com a tradução da letra. ;)

Desculpem pela falta de imagens dessas vez. Eu sempre demoro muito selecionando as imagens e, dessa vez, eu estava com pressa. hehehe
Mas aqui vão duas para ilustrar um pouquinho:
Rainbow Montains / Montanhas Arco-íris - China.
Como os 1000 tsurus/grous são usados como decoração. ^^

5 Comentários

  1. Hm, toda vez que eu vou ler essa fic meu mundo gira nas nuances dela. É um coisa mt bem escrita God...
    Eu fico até agoniada com toda a situação deles agora, cmo eu disse no outro eps, ta meio bad aqui.
    Haha, mas enfim.
    Aleluia que Jean saiu do zona de friendzone. ~Mais um guerreiro~
    Nossa! Rir demais com o Levi mancando, a pegada foi boa hein Eren.
    ____

    Muito obrigada por mais essa tradução Lena. Sobre a demora, relaxe, esperamos sempre o seu tempo. Não precisa ficar coisada. Beijinhos!

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    1. Sim, também mergulhei fundo nessa fic. A autora realmente tem um estilo maravilhoso, além da história ser muito marcante e comovente.

      SIM!!! Jean é um vencedor! huahauhauhau Graças ao Eren! XD

      E o Levi mancando... melhor parte é a reação do Jean. hahaha Ele é péssimo! >w<

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  2. também adorei esta parte de Levi mancando a noite foi forte, a musica do Queem citada no começo é trilha sonora de um filma da década de 80 chamado Highlander - O Guerreiro Imortal é uma trilogia mais o primeiro é inesquecível. Obrigado bjss

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  3. Feliz por Pedra e Jean...
    Mas não consigo impedir meu coração de ficar pequeno por Eren, essa crise antes da viagem e o fato do pai aceitar que Eren fosse e pedir para ir junto, nos mostra o quanto ruim é seu estado...
    LEVI QUERO TE DAR UM ABRAÇO POR SER TAO AMADO. E por amar tanto o Eren.....
    Wwwwoooowww amo esses dois....

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  4. Que história linda . Que sensibilidade. Amei . Parabéns!

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