Oi gente!
Me desculpem pelo atraso hoje. Passei o dia inteiro fora de casa e não tive tempo de traduzir nada hoje (nem de deixar algo pronto para hoje ontem a noite). Sendo assim, como havíamos falado antes, vou deixar mais um pedacinho de Only the ring finger knows (socorro, preciso de um "apelido" para essa novel x_x). Espero que gostem. ^^/ Eu sinceramente amo esses dois porque foi um dos primeiros BLs que eu li (ou foi O primeiro? não lembro bem...) e porque eles são fofos mesmo. hehehe
É isso. Uma boa noite pra todos!
Beijos~
Lena.
O que aconteceu na parte anterior...
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Só o dedo anelar sabe
O dedo anelar solitário pt. 3
Os
próximos dias foram torturantes para Wataru. Exatamente como Kawamura havia
previsto, o fato que “Kazuki veio perguntar sobre a escola de Karin” foi
completamente distorcido para “Kazuki está namorando a irmã de Fujii,” e tinha
se espalhado pela escola inteira. Ele poderia ser capaz de lidar com isso se
fosse apenas com Mai mas, encarar todo o corpo estudantil feminino, era
doloroso para ele fingir que não sabia. Inúmeras vezes ele havia sido puxado
para um canto, chamado, e até recebido olhares cheios de hostilidade. Quase
todas as perguntas eram para determinar se o boato era verdade, mas tinha sido
ideia de Kawamura que Wataru mantivesse uma atitude vaga, sem confirmar nem
negar. O estranho era que, fazendo isso, as pessoas tendiam a pensar o pior, e
ele estava cheio de garotas explodindo em lágrimas.
“Mas
quaisquer boatos sobre o seu anel desapareceram. Não é isso que você queria?”
“Bem,
agora nenhuma delas jamais falará comigo de novo.”
Essa
era talvez a única coisa boa que ele podia dizer sobre isso, o que
provavelmente não era ruim para Kawamura, ele pensou abruptamente. Parecia que
Kawamura atribuía a recente falta de energia de Wataru ao seu envolvimento com
o boato. Enquanto o sol entrava implacável em sua sala de aula durante o
período livre, a luz forte lembrava Wataru do início do verão. Parecia que só
de olhar para seu brilho intenso era suficiente para lhe tirar as forças
completamente.
“Eu
realmente não acreditava antes mas, aquele Kazuki é realmente popular. Ele
ganhou ainda mais fãs desde o jogo de basquete.”
“Wataru,
você saiu atrás dele, não saiu? Você me surpreendeu, cara. Então, qual foi a
razão para a saída dele?”
“Como
eu saberia?!” Wataru disse rabugento, amuado.
Para
a surpresa de Wataru, Kawamura balançou a cabeça em concordância. O que? Wataru perguntou com seus olhos,
enquanto Kawamura sorria, como se ele soubesse o que estava acontecendo. “Ele
provavelmente disse alguma coisa pra você, fisgando você de novo, certo? Qual
é, Wataru, você não está mais com raiva sobre antes. Honestamente, ouvindo as
suas histórias, vocês parecem crianças.”
“Aquele
canalha do Kazuki só está me irritando.”
“Eu
não acho. Eu acho que ele só está se divertindo porque você morde a isca tão
facilmente. Eu não acho que outra pessoa sabe desse lado infantil do Kazuki.
Quero dizer, eu não vi isso com meus próprios olhos, então é difícil de
acreditar.”
“.....”
“Wataru?”
Kawamura se inclinou em sua cadeira, colocando seu rosto próximo do dele.
“Ummm, é só um palpite, mas poderia ser que você não goste dos boatos sobre
Kazuki e Karin? Que isso incomode você de usar ela como peão...”
“O
que lhe deu essa ideia?”
“Porque
você parece tão rabugento o tempo todo.”
“Eu
sempre sou assim!” Wataru levantou de um salto e rudemente agarrou sua bolsa.
Ele ainda tinha aulas, mas não tinha a vontade de ficar na escola.
“E-ei!
Qual é o papo?!” Wataru ignorou a voz surpresa de Kawamura enquanto ele deixava
a sala de aula e saía o mais rápido que podia. Ele queria sair e pôr ao menos uma
pequena distância entre ele mesmo e todos que não paravam de falar de sua
conexão com Yuichi.
É
claro, não tinha um fio de verdade que Karin e Yuichi estavam namorando. Se ela
descobrisse, provavelmente teria um ataque de fúria e Kazuki só sorriria. A
coisa toda era só um comentário aleatório manipulado para a vantagem de
Kawamura e Wataru. Mesmo assim, a cada vez que ele respondia, “Aqueles dois...
Eu realmente não sei”, de alguma forma ficava mais insuportável para Wataru.
Era como se ele mesmo estivesse começando a acreditar que era verdade.
Eu me sinto tão estúpido... Wataru cansou de correr e, baixando a
cabeça, ele marchou pelo asfalto. Se ele se sentia estúpido, por outro lado, o
que ele realmente queria fazer? Ele repetiu o pensamento várias vezes,
reavaliando a si mesmo.
Exatamente
como Kawamura disse, ele estava certo que ajudaria eles que ele fosse vago
sobre o boato por um tempo. Wataru não queria as pessoas pensando sobre o anel
ou os atuais incidentes, e Kawamura poderia ter uma partida de consolo com Mai.
Mas
Wataru ainda não se sentia melhor. Mesmo que eles usassem o mesmo anel, as
pessoas só viam a sombra de Karin atrás dele. Eles estavam confiantes de que
ele era só um “amigo do namorado da irmã”. Para as muitas que estavam
apaixonadas por Yuichi, mesmo que eles vissem Karin como uma ameaça, Wataru não
era um problema uma vez que era um garoto.
Claro que não, Kazuki e eu somos ambos
garotos... apesar desse fato, seu
eu machucado ainda se sentia péssimo. Só de imaginar a dificuldade em completar
o relacionamento deles fazia sua cabeça doer. Alguém popular como Yuichi não
tinha motivos para escolher outro cara como parceiro.
Deve ter alguma coisa errada comigo... pensando em Kazuki e ele mesmo em uma
situação romântica era claramente uma prova de que sua cabeça estava uma
bagunça. Não importava o que, isso nunca iria acontecer. Wataru não podia nem
imaginar o que Yuichi pensava dele – se ele gostava dele ou odiava.
É
claro, ele também não podia aprofundar seus sentimentos. Quando Yuichi tinha
sussurrado seu nome, ele tinha sentido aquela precipitação. Mesmo agora, ele
podia vividamente lembrar do prazer. Mas aquilo não significava que ele
estivesse apaixonado por ele.
O
caminho que corria ao longo dos trilhos para a estação era delineado por
cerejeiras bem conhecidas. Enquanto ele passava por baixo das folhagens brilhando,
Wataru sentiu-se levemente confortado. Eu
aposto que seria uma perfeita imagem andar por aqui na primavera com Yuichi por
uma chuva de belas pétalas de cerejeiras. Mas enquanto sua imaginação era
arrebatada, ele percebeu que pela primavera do próximo ano, Yuichi estaria se
formando, e seu coração ficou pesado novamente.
Realmente tem alguma coisa errada
comigo... mas menos de duas semanas desde que nos conhecemos e começamos a nos
falar... E mesmo assim, ele
sentia como se eles tivessem feito brincadeiras um com o outro desde que eram
crianças, e Yuichi parecia querido por ele. Isso não era nem um pouco estranho
para Wataru. É verdade, então...
Wataru
fez uma pausa. Amanhã, domingo, finalmente era o aniversário de Yuichi. Ele se
perguntava o que a amiga de Karin, cujo presente fora rejeitado, havia feito
com isso. Bem, isso não tem nada a ver
comigo! Balançando a cabeça de um lado para o outro, ele recomeçou a andar.
Não era da conta dele se os avanços de algumas garotas a Yuichi falhavam.
Agora, o que era importante para Wataru era sua velha e pacífica vida de
estudante. Se fosse para ele voltar para ela, ele teria que tolerar o boato,
mesmo que fosse sobre Karin.
Mas
se era ou não sua “pacífica vida de estudante” o que ele realmente queria, Wataru não sabia com certeza.
“Estou
em casa.” Passava das cinco da tarde na hora que Wataru atravessou a porta. Fugindo
ou não das aulas, se ele tivesse vindo direto para casa e não teria tido nada
para fazer, então ele parou para ver um filme. O cinema casa das artes estava
mostrando um filme italiano que tinha melhorado seu humor e Wataru, agora
levemente revivido, foi cumprimentado por Karin em alto espirito.
“Bem-vindo,
Wataru! Estou fazendo o jantar agora.” Mexendo uma vasilha, Karin olhou para
Wataru geniosamente enquanto ele espiava a cozinha. Olhando para ela, ele podia
ver o quanto eles assemelhavam um com o outro. O cabelo de Karin era mais
espesso que o de Wataru, que era macio e fino, mas o estilo do cabelo dela,
curto e saltitante combinava com a personalidade alegre dela.
“Então,
essa noite é o preferido de Wataru, minestrone e macarrão com amêijoas! Ah, tem
cebolas, mas eu vou tira-las da sua porção, ok?” Ele realmente parecia estar de
bom humor.
Enquanto
Wataru sentava em uma cadeira na sala de jantar, ela apagou o fogo e se
aproximou alegremente. “Obrigada, Wataru. Você deu continuidade àquele negócio
com Kazuki por mim, certo?”
“Continuidade?
Com o que?” só de ouvir o nome Kazuki pelos lábios de Karin fez o coração de
Wataru doer tanto que ele pensou que quebraria. Naquele momento, Wataru ficou
sutilmente consciente de que a pessoa mais desconfortável com o boato sobre
Yuichi e Karin era ele.
“O
Kazuki não lhe perguntou algo? Hoje ele veio na minha escola. Ele disse, ‘Você
é a srta, Karin Fujii, não é?’”
“Kazuki...
Na sua escola...?”
“Ahã.
Eu acho que ele esperou no portão da escola até eu sair. Ele deve ter perdido o
quarto período, caso contrário ele não teria conseguido ser tão pontual.”
“Eu
perdi também...”
“O
quê?”
“Nada.
Então, o que Kazuki queria com você?” Isso era o que ele realmente queria
saber. Em meio a toda a confusão, ele tinha esquecido totalmente que Yuichi
tinha ido perguntar sobre a escola de Karin para começar, e agora ele estava
prestes a descobrir.
Karin
devia estar orgulhosa por alguém tão falado quanto Yuichi tinha esperado por
ela. As bochechas dela estavam levemente coradas, e até o tom de voz dela
estava mais agudo que o normal. Doía nele de ver que Karin não tinha a menor
ideia que ela já era conhecida como o interesse amoroso de Yuichi na escola do
irmão dela.
“Kazuki
veio se desculpar com minha amiga, mas ele não sabia o nome dela então ele
pensou em me perguntar, ele disse.”
“Então
foi sobre o presente? Ele me disse para trazer de volta porque não queria
carrega-lo. Você não acreditaria o quão arrogante ele foi sobre isso.”
“Sim,
ele disse que não estava se sentindo bem aquele dia. Mas ele disse que sentia
muito por ter descontado no presente e se desculpou.”
“No
presente?! Ele se desculpou pelo presente e não por mim?” Droga” o que tem de
errado com ele?! Ele não tem ideia de pelo que eu passei para...”
“E-ei,
se acalme, Wataru.” Karin parecia ter sido tomada de surpresa pela fúria
repentina de Wataru. Comparado com o próprio temperamento claro dela, Wataru
era quem sempre mantinha seus sentimentos em cheque. Ela tinha raramente (se
alguma vez) visto esse tipo de ira no irmão. “De qualquer forma, ela disse que
também que se desculpar com a menina do presente, então ele ligou para ela.”
“Então
o que aconteceu?”
“Com
o que?”
“Você
sabe o que quero dizer, o resultado! O Kazuki vai sair com a garota? Ou...?”
“Wataru...”
Karin ficou em silencio por um momento enquanto olhava a ira no rosto duro de
Wataru. “Ei, isso não é meio estranho?”
“Estranho?
Karin, o que você quer dizer?”
“Quando
você disse isso desse jeito, Wataru... É como se você estivesse com ciúmes...”
“.....”
“Isso
é ciúme. Você está com ciúmes, não está?”
“O-O
q-que...?” Essa definitivamente não era a palavra que ele queria ouvir. Mas sua
própria irmã a tinha jogado, e agora esperava com uma expressão como se nada
tivesse acontecido. Wataru tinha instantaneamente ficado branco, e não
importava qual mentira ou desculpa ele inventasse, o rosto dele deu a resposta.
“Sim!”
Ela gritou. “Ohhh... Eu sabia!”
“Huh?”
“Então
eu coloquei você em uma posição dolorosa, huh? Desculpa, desculpa”
“K-Karin...?”
O que ela queria dizer, ela sabia? Ele queria recuar, mas para
seu arrependimento ele não tinha a coragem. Wataru sorriu amargamente enquanto
sua irmã se desculpava, já que isso não era tão diferente do que ele tinha
sentido mais cedo.
“Na
verdade, eu estava um pouco desconfiada. Eu pensei que talvez os seus próprios
sentimentos tinham lhe impedido de entregar o presente...”
“Karin!
Eu lhe disse – Eu nunca faria algo tão covarde! E o que você quer dizer com
‘sentimentos’? que sentimentos?!”
“Ok,
ok, entendi. Se acalme. Você é tão fácil de entender! Tudo deve estar claro
para o Kazuki agora. Ou você já se confessou?”
“É-É-É
claro que não! O que eu confessaria para ele... ele é um homem! Karin, como
você pode dizer isso pro seu próprio irmão? Qual é, pense racionalmente!”
“É
você quem deve ser racional, Wataru! O motivo pelo qual Kazuki veio me ver foi
porque ele fez você parecer mal. Como de costume, ele educadamente recusou na
hora para minha amiga. Pronto, você se sente melhor agora?”
“Ele...
recusou...?” assim que ele escutou as palavras de Karin, foi como se um fio
tensionado se partisse. Wataru olhou para o rosto dela como se ele tivesse
perdido o juízo e não pudesse falar uma palavra.
Eu estou... Eu estou... com ciúmes...?
“Você
está apaixonado por mim?”
Ele tinha certeza que Yuichi perguntaria despreocupadamente, intensamente
olhando para Wataru sem palavras para responder. Ele provavelmente usaria todo
seu charme para facilmente extrair as palavras “Eu amo você” dos lábios de
Wataru. O poder dele era tanto assim.
“Wataru,
você está bem?” A voz de Karin pareceu como barulho para Wataru. Ele estava
lutando com todas as suas forças contra o impacto que deixava a cabeça girando.
A visão de Yuichi na cabeça dele, enquanto irritantemente olhava Wataru, sorria
graciosamente e dizia, Você está apaixonado por mim...?”
Wataru
colou o anel que ele tinha tirado antes de dormir e checou seu reflexo no
espelho mais uma vez.
“...Tudo
bem.” Ele pensou que seu cabelo, despenteado com gel, o fazia parecer duas
vezes mais bonito eu o normal. Ele respirou fundo e lentamente, pegou sua bolsa
de ombro azul de nylon e saiu.
O
começo do alto verão ainda estava distante, mas talvez por que a temporada de
chuvas estava começando tarde, estava tendo tempo bom todos os dias. Hoje era
domingo. Até a marcha de Wataru não conseguia deixar de ficar mais leve.
“Vejamos...
Quinta rua. É bem perto.” Wataru tinha encontrado o endereço de Yuichi no
registro da escola e, apesar de ser um pouco separado era na mesma vizinhança.
Wataru decidiu fazer uma visita a pé enquanto caminhava. Ele ainda não estava
muito certo do que diria para Yuichi, mas Wataru queria vê-lo. Uma vez que eles
estivessem cara a cara, tinham coisas que ele queria discutir.
Aparentemente, ele está passando seu
aniversário com a família. Acho que é a tradição anual deles. Os parentes vêm
visitar e é uma grande comemoração. Alta sociedade, huh? Quando Karin disse aquilo a ele,
Wataru tinha pensado imediatamente em visitar Yuichi. Ontem ele tinha
totalmente seguido com o que Karin dissera, mas honestamente, Wataru nem
entendia seus sentimentos ainda. Ele nunca imaginara que se apaixonaria por
outro homem, e ainda tinha uma parte dele que não queria aceitar isso. Se ele
pudesse ao menos ver o rosto de Yuichi, Wataru esperava que isso pudesse
afastar essa névoa.
Mas uma vez que eu estiver certo, então
o que vou fazer...? Outra
parte dele se perguntava racionalmente sobre seu próximo movimento. De qualquer
jeito, por enquanto, Wataru podia apenas continuar andando. Mesmo antes de
desejar o amor de Yuichi, ou de descobrir se seus sentimentos eram mútuos,
primeiro ele queria saber seus verdadeiros sentimentos.
Quando
ele estivera com Nano, o coração de Wataru era cheio de calma. Talvez porque
ela era sua primeira namorada, ele tenha pensado que isso era amor, mas
eventualmente ele começou a sentir-se deslocado com a calmaria. Quando ele
estava lidando com Yuichi, não acontecia nada desse jeito. Agora ele sentia que
esses sentimentos de amor por outra pessoa eram completamente diferentes do seu
temperamento normal e sereno. Era como uma montanha-russa emocional que não deixava
dúvidas da excitação.
É logo ali se eu cortar pelo parque. Wataru tinha chegado em um campo de
futebol que havia sido transformado em um playground e ele decidiu usa-lo como
atalho. Talvez ele estivesse nervoso; de repente ele estava bem sedento.
Olhando
em volta por uma máquina de venda, ele viu uma fonte d’água infantil à
distância e foi naquela direção primeiro. A
primeira vez que encontrei Kazuki foi em uma fonte d’água... quando ele me emprestou o lenço dele.
A troca irritada com Yuichi parecia há muito tempo atrás. Pensando naquilo, um
sorriso torto cruzou o rosto de Wataru.
Sussurrando enquanto se aproximava da
fonte, Wataru esticou a mão para a torneira. Só então, uma voz familiar chegou
em seus ouvidos e ele congelou onde estava.
“Não, não, Toko. É muito mais rápido se
cortarmos por aqui. Não importa quantas vezes você venha, você sempre esquece.”
“Desculpa-a! E quanto a você, você
ainda é rude, Yuichi. Você vai parar em algum momento? Você simplesmente gosta
de me contradizer.”
“Ok, ok, eu sei.”
As vozes brilhantes e animadas estavam
se aproximando de Wataru por trás. Não querendo ser visto por alguma razão,
Wataru fez um esforço para parecer casual enquanto se virava para o
trepa-trepa.
Essa é
a voz de Kazuki, mas... ele
deveria estar em casa celebrando com a família. Como se respondesse a pergunta
de Wataru, ele ouviu a voz de Yuichi de novo. “Todos vão ficar felizes, faz um
tempo que você não vem em casa.”
“O prazer é meu. Afinal, é o dia
especial do meu cara preferido.”
Olhando-os de longe, a garota que
Yuichi estava chamando de Toko parecia facilmente três ou quatro anos mais
velha. Julgando pela conversa deles, ele deveria ter vindo para celebrar o
aniversário dele e Yuichi fora encontra-la. Não tinha como Wataru dizer só de
olhar, apesar de pelo jeito que eles conversavam prazerosamente eles pareciam
parentes próximos. Mas Karin havia dito a ele que Yuichi não tinha nenhuma
irmã, e os dois não se pareciam nem um pouco. Toko era bonita, para ter
certeza, mas comparada à notável boa aparência de Yuichi, o cara
definitivamente ganhava.
Wataru os observou, esperando que eles
saíssem logo, mas ironicamente Yuichi veio e parou próximo a mesma fonte de
água. Toko se juntou a ele e eles ficaram ali conversando.
“E como está? O anel está bom?”
“Sim, ótimo. Vê, estou até usando
agora. Teve um pequeno incidente e eu até comecei a usá-lo na escola. Graças a
isso, minha mão está completamente acostumada a ele agora. Fica bem, huh?”
“Bem, parece que você está cuidando bem
dele.”
Wataru não podia acreditar no que
Yuichi disse em seguida para uma Toko feliz. “Afinal, ele foi um presente da
‘minha querida Srta. Toko’. Eu o valorizo.”
“Bem, eu coloquei todo meu amor nisso,
sabe.” Eles olharam um para o outro e explodiram em calorosa risada ao mesmo
tempo. Até Wataru podia pegar o suficiente dessa conversa para dizer que o anel
simbolizava uma profunda ligação entre eles.
Mas...
Em algum ponto Wataru tinha cerrado
fortemente sua mão direita em um punho. Ali, no dedo médio, brilhou o mesmo
anel que Yuichi. No outro dia, Yuichi acabou por beijar o anel de Wataru depois
dele ter cuspido que o irritava ter o mesmo anel que ele. Mas na verdade,
Wataru ficava feliz em ter anéis combinando... era isso que ele planejara
admitir para Yuichi hoje quando ele o visse.
Yuichi olhou para seu relógio e
apressou Toko a começar a andar enquanto Wataru olhava eles dois, incapaz de
mover um dedo sequer. Yuichi colocou seu braço ao redor do ombro de Toko, e a
linguagem corporal dela fez isso parecer a coisa mais natural do mundo. Não
tinha razão para pensar que eles tinham relação.
Kazuki... Wataru queria gritar por ele e fazê-lo
voltar, se ele pudesse. Esse era o desejo no fundo de seu coração enquanto ele
abria seus lábios trêmulos. Mas ele não podia arriscar se fazer de tolo, então
ele só observou as silhuetas deles voltando enquanto ficavam cada vez menores.
Deixado sozinho, Wataru sentiu a
presença de mais alguém e olhou para baixo. Diante dele estava uma garotinha
fofa de cinco anos de idade em um vestido rosa. O cabelo dela estava amarrado
em duas marias-chiquinhas com laços que combinavam com a roupa, e com seus
pequenos braços e pernas ela estava tentando escalar as barras de ferro. Talvez
por causa de seu vestido cheio de babados, ela parecia bem precoce. Wataru
instintivamente estendeu a mão e ajudou ela a chegar onde queria.
“Obrigada”. Ela não tinha ido muito
alto, mas ainda parecia feliz. Olhando para Wataru de cima, ela continuou.
“Moço, o que você está fazendo?”
“Eu? Eu... estou indo para casa.”
“Casa? É perto daqui?”
“É, bem perto. E você?”
“Mamãe e papai e Puru e Takako, nós viemos
de carro – para a casa do vovô.” Já como ela parecia estar satisfeita com
aquele brinquedo, Wataru captou a pista e ajudou-a a descer. A menina sorriu
feliz. “Puru é meu cachorro. Ele é chamado dachshound de pelo longo, você
conhece?”
“Wow, você lembrou um nome tão longo.
Boa menina.”
“Takako é esperta.”
“Eu sei... Como recompensa, eu lhe
darei isso.” Wataru tirou o anel de seu dedo médio e silenciosamente colocou-o
na palma da mão dela, mantida aberta como uma folha de carvalho.
Ela olhou para o anel, confusa por um
momento, então ela fez bico e se queixou, “Isso é muito grande!”
“Tudo bem. Você pode usá-lo quando
crescer. Então mantenha-o seguro até lá, ok?”
“Você vai casar com a Takako? Isso é um
anel de casamento?”
“Casar com você? É, ok... Vamos fazer
isso.” Das palavras inocentes dela, de repente Wataru estava quase chorando,
mas ele mal foi capaz de segurar as lágrimas.
A menina colocou o anel que era grande
demais para ela e correu do parque alegremente. Só depois que ela estava bem
longe ela se virou para acenar, “Tchau-tchau!”, e então a sua sombra minúscula se
foi.
“Tchau-tchau...” o anel não brilhou
mais na mão que ele levantou para acenar. Já que ela disse que eles vieram de
carro, ele provavelmente nunca a veria de novo. Tudo muito rápido, Wataru se
separou de seu precioso anel. Ele fechou seus dedos não mais adornados e
levemente levou os lábios ao local que Yuichi beijara uma vez. Só restou o
gosto amargo de prata onde o anel deixara uma marca vermelha.
*****
Wataru... cmo sofre esse menino.
ResponderExcluirPois é... mas esse sofrimento é gratuito. hehehe Logo, logo, ele percebe isso. >w<
ExcluirEstava com saudades <3 amo essa novel
ResponderExcluir<3 <3 <3
ExcluirIdem, da vontade de ler tdos os diaaas.
ResponderExcluirTão feliz encontrar pessoas com os mesmos gostos, não é? *u*
ExcluirSim Lena... rs
ExcluirObrigada!
Realmente esta novel é muito linda, espero que o anel volte para ele novamente.Obrigado! bjss
ResponderExcluirMuita meiga esta novela. Estou contente. Lena, obrigada por mais esta tradução!
ResponderExcluir